Dados do Trabalho


Título

TERATOMA TESTICULAR EM PACIENTE COM HIDROCELE GIGANTE: UM CASO RARO

Introdução, Material, Método, Resultados, Discussão e Conclusões

Apresentação do caso: Paciente masculino, 36 anos, busca serviço de urologia devido a um aumento do volume testicular e desconforto há 5 meses. Ao exame físico, nota-se hidrocele gigante esquerda. Ultrassonografia evidenciou aspecto de massa complexa na bolsa escrotal direita e hidrocele esquerda. Foram solicitadas dosagem de AFP, DHL e Beta HCG. Os resultados foram AFP: 101 IU/ml (VR:até 5,5 IU/ml); DHL: 541 U/L (VR: 207 - 414 U/L); BHCG: 7,4 mUI/ml (VR: até 10 mUI/ml). Tais resultados reforçaram suspeita de tumor germinativo, levando o paciente à orquiectomia total, que após análise histopatológica acusou teratoma testicular, de 14 cm, com presença de elementos maduros e imaturos que não infiltra túnica vaginal; apresenta, porém, infiltração focal em túnica albugínea, sem evidências de extensão à superfície e rete testis comprometida pela neoplasia; o epidídimo e cordão espermático livres. O estadiamento patológico foi pT1 pNx pMx. Discussão: Câncer de testículo é a neoplasia maligna mais frequente em homens entre 20 e 34 anos. Dentre eles, o teratoma testicular embrionário, tumor que pode compreender elementos das 3 camadas germinativas. A clínica caracteriza-se pelo aumento do volume testicular ou presença de nódulo testicular indolor à palpação. Massas testiculares à palpação devem ser consideradas câncer, até que se prove o contrário. Apesar disso, o diagnóstico definitivo á pelo exame anátomopatológico. Os principais diagnósticos diferenciais são processos inflamatórios ou infecciosos do testículo, torção testicular ou hidrocele. Os principais marcadores são o Beta-hCG, o DHL e a Alfa-Fetoproteína. Entretanto, os níveis de DHL também podem estar aumentados por outras condições clínicas. Os tumores não seminomas frequentemente elevam os níveis da AFP e de GCH. O ultrassom escrotal é o exame radiológico mais adequado, revelando imagem hipoecóica homogênea nos seminomas e heterogênea em não seminomas. Comentários finais: Pela faixa etária jovem de acometimento desses tumores e a alta curabilidade da doença, as consequências do tratamento tornaram-se as principais preocupações na atualidade. Cirurgia, radioterapia e quimioterapia possuem efeitos colaterais potencialmente prejudiciais a longo prazo na qualidade de vida desses pacientes. Sendo assim, os principais avanços no tratamento concentram-se na diminuição das consequências com permanência de bons resultados.

Palavras Chave

oncologia; urologia; teratoma.

Área

Tumores Raros

Instituições

UFPB - Universidade Federal da Paraíba - Paraíba - Brasil

Autores

Ana Carolina Alves Moreira , Ariel Eugênio Salgueiro Almeida, Matheus Cartaxo Eloy Fialho Cartaxo Eloy Fialho, Vitor Silva Ferreira Silva Ferreira , Caio Henrique Alves Moreira , Leandro Henrique Mesquita Tavares Tavares