Dados do Trabalho
Título
TUMORES DA BOLSA ESCROTAL: PAPEL DA ULTRASSONOGRAFIA NA URGENCIA NO DIAGNOSTICO E NA DECISAO TERAPEUTICA
Introdução, Material, Método, Resultados, Discussão e Conclusões
Introdução
Existe um amplo leque de patologias associadas à dor escrotal e inguinal, sendo
fundamental a diferenciação entre condições graves e menos graves. Considerando-se as etiologias, estas variam desde pequenas e focais infecções até tumores da bolsa escrotal, sobretudo os testiculares e da base peniana.
O aumento do volume da bolsa testicular é comum à maioria destas condições, muitas associadas a quadro álgico, sendo a ultrassonografia (US) no pronto-atendimento (PA) a ferramenta de imagem inicial e mais importante na diferenciação etiológica.
Objetivo
Descrever a técnica da US da região inguinal e do escroto, com imagens em modo B, Doppler, e mesmo com uso de contraste de microbolhas em situações selecionadas, elencando aspectos de imagem indicativos de maior gravidade, seja por infecção ou por neoplasias. Objetivamos ainda demonstrar que geralmente a US não é usada em sua plenitude de possibilidades, como seria desejável, favorecendo a realização de outros exames que poderiam, nesse contexto, ser desnecessários.
Métodos
Realizada revisão sistemática da literatura médica nas principais plataformas de pesquisa online, bem como de casos clínicos realizados nas dependências das unidades de pronto-atendimento da nossa instituição, separando casos de exames com resultados negativos, daqueles com quadros inflamatórios/infecciosos leves, outros infecciosos graves e as neoplasias.
Resultados
A realização da US como exame de imagem inicial em pacientes com quadro de dor/aumento agudos da bolsa escrotal atendidos no PA mostrou-se elemento fundamental na tomada de conduta da equipe multidisciplinar, evitando que casos graves fossem negligenciados ou tratados de modo não efetivo.
Além de diferenciar entre outras patologias, a US permite o diagnóstico precoce de tumores não palpáveis e avaliação de estruturas adjacentes.
A US em pacientes com dor e aumento escrotais agudos em ambiente de PA deve ser realizada sempre em modo B em conjunto com Doppler colorido e espectral. Esta prática aumentou a acurácia na detecção de infecções graves, torções e tumores.
Conclusão
A avaliação da bolsa escrotal com US por meio desta técnica deve ser realizada como exame de escolha na avaliação inicial de pacientes com dor escrotal no PA, reduzindo custos, tempo e evitando radiação. O diagnóstico rápido, preciso e o laudo assertivo permitem separar as condutas conservadoras daquelas que devem ser mais agressivas.
Palavras Chave
Tumor da Bolsa Escrotal; Ultrassonografia; Decisão Terapêutica
Área
Câncer de Testículo
Instituições
Hospital Israelita Albert Einstein - São Paulo - Brasil, Universidade Cidade de São Paulo - São Paulo - Brasil
Autores
Ricardo Azze Natel de Almeida, Aline Sampaio Gouvea, Luiza Vincentini Godoy de Lucca, Katia Pinheiro de Souza, Antonio Jr Rahal, Guilherme Cayres Mariotti, André Renato Cruz Santos, Miguel José Francisco Neto, Marcos Roberto Gomes de Queiroz, Rodrigo Gobbo Garcia