Dados do Trabalho
Título
CARCINOMA SARCOMATOIDE DE BEXIGA – UMA REVISAO DE LITERATURA E RELATO DE CASO
Introdução, Material, Método, Resultados, Discussão e Conclusões
Introdução: Os carcinomas sarcomatóides da bexiga são um tipo raro de neoplasia nesse órgão. Se caracterizam pela presença de células malignas de origem epitelial e também mesenquimais. Respondem a aproximadamente 0,3% de todos os subtipos histológicos,sendo mais comum em homens. A patologia é tão rara que menos de 150 casos foram reportados até hoje na literatura. Os principais fatores de risco associados a essa condição são histórico de radiação prévia, ou quimioterapia intravesical com ciclofosfamida.
Objetivos: Relatar um caso sobre o tema em questão.
Métodos: Relato de caso.
Relato do caso: Paciente MFGP, 64 anos, em abril de 2016 procura ambulatório de urologia com quadro de hematúria macroscópica iniciada há aproximadamente 1 mês, com piora progressiva. Histórico patológico pregresso: ex tabagista (5 anos/maço, cessou há 30 anos) e histerectomia por câncer de colo uterino aos 39 anos sem necessidade de tratamento adjuvante. Após investigação e achado de lesão vegetante em exames de imagem, foi submetida a ressecção transuretral (RTU) de bexiga com ressecção completa de lesão de 5 cm, polipóide, em parede lateral direita, cujo anátomopatológico evidenciou: Carcinoma urotelial com diferenciação sarcomatóide, múltiplos focos de necrose, índice mitótico até 3. Realizada Re-RTU que apontou comprometimento da camada muscular.Paciente na ocasião recebeu indicação cirúrgica mas recusou esse tratamento, sendo encaminhada para realização de protocolo de preservação vesical. Iniciado esquema com 4 ciclos de Gencitabina + Cisplatina. Em exames de reestadiamento, foi evidenciado recidiva da lesão vesical em bexiga, medindo 5,1 cm e ausência de sinais de doença a distância. Discutido novamente com paciente que aceita então tratamento cirúrgico. Realizada cistectomia radical + linfadenectomia pélvica com derivação a Bricker em Agosto de 2017.O anatomopatológico da peça cirúrgica evidenciou um carcinoma urotelial de alto grau T1N0, com margens cirúrgicas livres. A paciente mantém seguimento desde então, sem sinais de recidiva.
Conclusão: O tratamento apropriado para esse tipo de neoplasia ainda segue em discussão. Devido a sua natureza agressiva, uma abordagem radical deve ser priorizada sempre que possível. Cistectomia associada a quimioterapia com ou sem radioterapia são opções terapêuticas. A taxa de sobrevida depende de alguns fatores como margem cirúrgica livre, ausência de metástase a distância
Área
Câncer Bexiga
Instituições
IAMSPE - HSPE - CEU - São Paulo - Brasil
Autores
BERNARDO LUIZ CAMPANARIO PRECHT, BRUNO CESAR DIAS, MATHEUS VIEIRA SANTOS, JOAO PAULO BARBOSA OLIVEIRA, CAIO PASQUALI DIAS SANTOS, BRENNO IVO SOARES SANTOS, GUSTAVO BARROS PENA RIBEIRO PAIVA, ADOLFO DAVID BRITO, RENATO PANHOCA, LUIS AUGUSTO SEABRA RIOS