Dados do Trabalho


Título

“RABDOMIOSSARCOMA PARATESTICULAR INFANTIL: RELATO DE CASO E REVISAO NA LITERATURA”.

Introdução, Material, Método, Resultados, Discussão e Conclusões

Apresentação do caso: Paciente masculino de cinco anos de idade, com queixa de aumento do volume escrotal à esquerda há 40 dias. Ao exame físico observado massa indolor em hemi-escroto esquerdo de cerca de três centímetros, de consistência aumentada e irregular, não aderida ao testículo ipsilateral, sem sinais inflamatórios, confirmada à ultrassonografia. Marcadores tumorais (alfa-feto proteína, b-HCG e desidrogenase láctica) compatíveis com normalidade. Optado por inguinotomia exploradora com clampeamento alto de cordão espermático e exérese da massa, cujo anatomopatológico revelou Rabdomiossarcoma paratesticular (RMS - PT). Diante do resultado, paciente foi submetido a reabordagem com nova inguinotomia seguida de orquiectomia radical associada a hemiescrotectomia. Avaliação tomográfica (TC) complementar sem alterações.
Discussão: O rabdomiossarcoma (RMS) é o sarcoma de partes moles mais frequente na infância. O rabdomiossarcoma paratesticular (RMS-PT) corresponde a cerca de 7 a 10% de todos os RMS que acometem o trato genitourinários e 40% das lesões paratesticulares.
A orquiectomia radical inguinal com ressecção do cordão é o padrão em massas escrotais e atenção especial deve ser considerada na abordagem e planejamento cirúrgico de massas paratesticulares. Pacientes previamente submetidos à biópsia transescrotal ou ressecção parcial devem ser submetidos à exploração com cirurgia radical e ressecção da pele escrotal circundante. No caso de RMS-PT, o tratamento pode vir a ser multimodal com associação de radioterapia e quimioterapia a depender do estadiamento. Paciente com menos de 10 anos submetidos à ressecção completa (estadio clinico 1) podem ser seguidos se TC normal. Casos onde há massas maiores que 5 cm e idade acima de 10 anos são enquadrados como grupo de risco onde, mesmo com estadiamento linfonodal negativo, deve ser optado por linfadenectomia retroperitoneal.
Comentários finais: Em geral, pacientes com RMS - PT apresentam um prognóstico que depende do estádio na apresentação, histologia e correto diagnostico. A exploração em pacientes com suspeita de lesões paratesticulares deve ser feita sempre por meio de uma incisão inguinal onde lesões maiores e/ou crianças mais velhas devem ser tratadas de forma agressiva devido ao maior risco de recidiva.

Palavras Chave

Rabdomiossarcoma paratesticular; tratamento.

Área

Câncer de Testículo

Instituições

UNESP - São Paulo - Brasil

Autores

Matheus Almeida Sperini, paulo kawano, Hamilto Yamamoto, joao amaro, Pedro Rocchetti, Rodrigo Guerra, Carlos Marcio Nobrega, Felipe Moura, Raissa Carvalho, Fernando Gomes Filho