Dados do Trabalho
Título
“Metástase glandar de Adenocarcinoma de Próstata – Relato de caso e revisão da literatura”
Introdução, Material, Método, Resultados, Discussão e Conclusões
Apresentação do caso: Paciente masculino, 79 anos, encaminhado para avaliação clínica e investigação etiológica do aumento das escórias nitrogenadas. Após realização de exames iniciais, constatou-se antígeno prostático específico (PSA) de 1000 ng/ml e ureterohidronefrose moderada bilateral, visualizada em ultrassom. O exame digital revelou próstata aumentada de volume com vários nódulos e consistência globalmente aumentada. Na região genital, observada a presença de lesões glandares de cerca de um centímetro de diâmetro, vegetantes, endurecidas, e indolores, cuja biópsia revelou se tratarem de metástases de adenocarcinoma prostático. O paciente foi submetido a castração cirúrgica evoluindo com remissão da sintomatologia clínica e regressão completa das lesões na glande. Quatro meses após a intervenção, paciente encontra-se com doença estável em seguimento clínico, com níveis de PSA da ordem de 10ng/ml.
Discussão: O adenocarcinoma de próstata (CaP) representa uma das principais causas de morte por câncer entre homens em todo mundo. É superado apenas pelos tumores de pele não melanoma. Classicamente, no CaP, a doença metastática se caracteriza pela disseminação óssea, linfática, pulmonar, hepática e cerebral, enquanto que a disseminação local costuma acontecer principalmente para a bexiga. Anamnese detalhada é necessária para o diagnóstico, investigando nodulações ao longo do eixo peniano e lesões planas e discrômicas como suspeitadas. Sintomas como dor na ereção, retenção urinária, disúria, hematúria podem ser encontrados, sendo descritos, em casos extremos, episódios de priapismo. A maioria dos pacientes morre dentro de 6 a 12 meses após o diagnóstico, sendo frequente a presença de metástases ósseas e/ou viscerais sincrônicas. A escolha da terapia a ser instituída deve ser baseada na condição geral do paciente, sendo frequente devido ao estágio da doença, a opção pela terapia paliativa. Os tratamentos disponíveis, na atualidade, incluem desde amputação do órgão até privação hormonal, radiação ou quimioterapia.
Comentários finais: O CaP metastático apresenta um espectro bastante amplo de acometimento sendo que, na presença de lesões suspeitas, a possibilidade do pênis como local de metástase deve ser considerada.
Devido ao estádio avançado, o foco na melhora da qualidade de vida deve ser priorizado, evitando-se assim colocar o paciente em uma terapia mórbida sistêmica e/ou cirúrgica.
Palavras Chave
Câncer de prostata; metástase; glande
Área
Câncer de Próstata Metastático
Instituições
Unesp - São Paulo - Brasil
Autores
Matheus Almeida Sperini, Paulo kawano, Hamilto yamamoto, José Carlos Trindade, Rodrigo da Silva, Fernando Gomes Filho, raissa Carvalho, augusto Shimanoe, Felipe Moura, Bruno Ferraz