Dados do Trabalho


Título

CUSTEIO DE EVENTOS ADVERSOS RESULTANTES DO TRATAMENTO DE CARCINOMA DE CELULAS RENAIS AVANÇADO NAO TRATADO PREVIAMENTE NOS SISTEMAS DE SAUDE PUBLICO E PRIVADO DO BRASIL.

Introdução, Material, Método, Resultados, Discussão e Conclusões

INTRODUÇÃO: O Carcinoma de Células Renais (CCR) é o tipo mais comum de câncer renal, sendo responsável por aproximadamente 90% dos casos diagnosticados nos Estados Unidos. No Brasil, estima-se que 6.270 novos casos de todos os tipos de câncer renal foram diagnosticados em 2018.
OBJETIVO: O objetivo deste estudo é estimar o custo do manejo de Eventos Adversos (EAs) resultantes do tratamento de CCR avançado de células claras previamente não tratado nos sistemas de saúde público e privado do Brasil, com base nos dados publicados no estudo CheckMate 214.
MÉTODOS: Essa análise considerou os EAs de graus 1/2 (G1/G2) e 3/4 (G3/G4), relacionados ao tratamento, relatados na população total do estudo, em no mínimo 15% dos pacientes em pelo menos um dos braços, independente do grau. Um painel de especialistas composto por cinco profissionais de saúde foi realizado para definir o uso de recursos para o tratamento de cada EA. Os custos dos recursos foram obtidos em diversas fontes oficiais do mercado brasileiro. Para sistema privado: Revista de Preços Simpro e Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos. Para sistema público: Autorização de Internação Hospitalar, SIGTAP e Banco de Preços em Saúde. Os custos individuais de cada EA foram ponderados pela frequência, a fim de comparar as despesas globais relacionadas ao manejo de EAs nos dois braços do CheckMate 214.
RESULTADOS: O painel de especialistas resultou nos custos do manejo individual de cada EA. Os maiores custos individuais para o sistema público foram: diarreia G3/G4 (R$ 2.206) e inflamação da mucosa G3/G4 (R$ 818). Para o sistema privado, foram diarreia G3/G4 (R$ 13.018) e dispepsia G3/G4 (R$ 4.174). Quando ponderados pela incidência, os EAs que apresentaram os custos mais significativos no braço de NIVO+IPI foram diarreia G3/G4 e aumento do nível de lipase G3/G4, no sistema público; E, no sistema privado, diarreia G3/G4 e diarreia G1/G2. Enquanto para o braço SUNI, foram diarreia G3/G4 e G1/G2, tanto para o sistema público quanto para o privado. A diferença de custos globais, quando ponderada pela incidência, variou de 50% (G3/G4 - sistema privado) a 110% (G1/G2 -sistema privado) de aumento no braço de SUNI em comparação com o braço de NIVO+IPI.
CONSLUSÃO: Essa análise mostra que a introdução de NIVO+IPI como uma opção de tratamento no Brasil pode ser associada a menores gastos no manejo de EAs, quando comparado a SUNI, considerando os sistemas de saúde público e privado do Brasil.

Palavras Chave

nivolumabe, ipilimumabe, câncer renal, custeio de eventos adversos

Área

Câncer de Rim

Instituições

Bristol-Myers Squibb - São Paulo - Brasil

Autores

Claudio Tafla, Fabio Augusto Schutz, Paola Souza Marinheiro, Lucienne Del Grossi Neusquen, Simony Dantas Silva, Luciano Paladini, Elene Nardi