USO DE TRIPTORRELINA NA ELEVAÇAO DE PSA APOS PROSTATECTOMIA RADICAL DE RESGATE POS ILEOCISTOPLASTIA
INTRODUÇÃO: Aproximadamente 40-60% dos pacientes com câncer prostático tratados com radioterapia evoluem com recorrência bioquímica e 95% desses casos são habitualmente fadados ao tratamento paliativo hormonal. A prostatectomia radical é uma alternativa para o resgate destes pacientes, apesar de pouco utilizada devido aos altos índices de complicações, recidivas e demanda técnica.
OBJETIVO: Relatar caso de paciente tratado com triptorrelina após prostatectomia radical de resgate (PRR) pós ileocistoplastia.
MÉTODOS: Paciente, 65 anos, submetido previamente a ileocistoplastia ampliadora, apresentou PSA=13,76ng/ml e diagnóstico de adenocarcinoma prostático, quando foi submetido à radioterapia (PSAnadir=3,75ng/ml). Após 2 anos, houve elevação súbita do PSA=8,14ng/ml. Cintilografia óssea e ressonância nuclear magnética sem sinais de doença extraprostática. Foi então submetido à PRR sem intercorrências.
RESULTADOS: Anatomopatológico revelou adenocarcinoma prostático Gleason3+4, multifocal, com invasão de cápsula prostática em base esquerda, vesículas seminais e linfonodos livres de neoplasia. PSA= 32,92ng/mL após 30 dias da cirurgia. Iniciado bloqueio androgênico central precoce com triptorrelina, com ótima tolerância à droga e, após 3 anos de seguimento, com PSA=0,02ng/ml, disfunção erétil e incontinência urinária parcial (1PAD/dia).
CONCLUSÃO: A PRR, apesar de desafiadora, é factível, mas nesse caso não proporcionou a cura necessária ao paciente e o mesmo foi tratado com triptorrelina.
RECIDIVA BIOQUÍMICA
CÂNCER DE PRÓSTATA
PROSTATECTOMIA RADICAL DE RESGATE
ONCOLOGIA
Marcelo Esteves Chaves Campos, Flávio Silva Brandão, Isabela Furtado Guiotti, Heitor Brazil Ferlini Vidal, Keitry Puchalski
