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2° Congresso Internacional do GRAACC

Dados do Trabalho


Título

O CORREIO ELEGANTE COMO INSTRUMENTO DE CUIDADO PSICOLÓGICO EM UNIDADE DE INFUSÕES

Introdução

Quando o adoecer provoca a transformação dos contextos de vida e seu consequente esvaziamento, seja por questões clínicas que limitam o cotidiano e/ou devido a dimensões psicossociais e espirituais, a implantação de ferramentas psicológicas nas unidades do Hospital, revestem-se em um importante recurso de ajuda, por resgatar capacidades, instigando recursos de enfrentamento do adoecer a pacientes e familiares.
Em associação aos processos de avaliação e acompanhamento psicológico individual, temos oferecido processos preventivos nas Unidades de Infusões de nossa instituição, por apresentar a vantagem operacional de atingir um número maior de pacientes em tratamento e seus acompanhantes.
As Unidades de Infusões constituem-se em espaços nos quais os comportamentos presentes podem ser experienciados e novos comportamentos experimentados, em consonância com a teoria de crise delineada pelo diagnóstico e tratamento oncológico.

Objetivo

Este trabalho objetiva apresentar o Programa Correio Elegante, como processo integrado, planejado e sistematizado em Unidade de Infusões, em hospital de oncologia pediátrica.

Método

Trata-se de pesquisa exploratória, apresentando informações e possibilidades para implantação do Programa Correio Elegante em Unidade de Infusões.

Resultados

A atividade é desenvolvida semanalmente, nas Unidades de Infusões, alternando-se o período para maior abrangência dos participantes.
O Correio Elegante em Unidade de Infusões é um instrumento caracterizado como intervenção breve em seu formato, em tarefa que se pretende adaptativa e de suporte, utilizando técnica focal.

Conclusão

Constatamos que por reunir pacientes e / ou acompanhantes em torno de uma mesma demanda, há um melhor entendimento e aceitação entre os participantes, a partir de suas próprias vivências. A curto prazo, essa coesão costuma propiciar melhores resultados psicológicos pois constata-se que as vivências advindas da troca de mensagens e cartas na Unidade, estimulam mecanismos de enfrentamento positivos, permitindo que os participantes vivenciem suas experiências do adoecer e hospitalização, de forma menos conflituosa, referenciando importante função preventiva de risco.
Constatamos nos conteúdos das mensagens que pacientes e familiares, reunidos em torno da dor psicológica do adoecer, sentem-se identificados e unidos, compartilham das mesmas angústias e esperanças, limitações e recomendações, complementando o clima de coesão e apoio necessário para o melhor enfrentamento do adoecer.

Área

Psicologia

Categoria

Categoria Multiprofissional

Autores

Heloisa Benevides Carvalho Chiattone, Ricardo Yuzo Sato, Stefanie Burger, Mariana Arisa Shimizu