Dados do Trabalho
Título
Evidências da Redução da Morbidade e Terapias Locais Agressivas com Larotrectinibe em Crianças com Fibrossarcoma Infantil
Introdução
O fibrossarcoma infantil (IFS) é um tumor raro que, geralmente, acomete crianças menores de 2 anos e está associado ao gene de fusão ETV6-NTRK3. O tratamento tradicional envolve cirurgia e quimioterapia e podem causar complicações por serem invasivos. Com isso, tratamentos eficazes e menos agressivos, como o larotrectinibe, um inibidor do gene NTRK, são essenciais.
Objetivo
Analisar as evidências da redução da morbidade e terapias locais agressivas com Larotrectinibe em crianças com IFS.
Método
Esta revisão sistemática fundamenta-se em pesquisas realizadas nos bancos de dados PubMed e ResearchGate, nos quais foram selecionados os artigos para o estudo, que foram publicados em anais do Congresso ESMO 2023 sobre sarcoma e cânceres raros.
Resultados
Os estudos clínicos realizados em EPI-VITRAL mostram que o larotrectinibe proporciona respostas substanciais e mais duradouras em pacientes com fusões NTRK, incluindo aqueles com IFS. Dentre os pacientes analisados, aqueles submetidos a terapia de fusão apresentaram uma importante resposta global (total de 79%, dos quais 16% representavam respostas completas, 63% resultados parciais, 12% doença estável e 6% doença progressiva), além de uma sobrevida mediana de 15,72 vezes maior quando comparada aos pacientes não infundidos. Tais dados sugerem uma grande eficácia do larotrecnibe em relação ao tratamento usual. Ainda nesse sentido, evidencia-se a probabilidade de redução de 80% de falha no tratamento médico, bem como a menor necessidade de terapias locais agressivas. A análise mostra que o larotrectinibe pode evitar complicações associadas aos tratamentos convencionais, como mutilações e incapacidades permanentes, tornando-se uma alternativa terapêutica.
Conclusão
Os resultados evidenciam que o larotrectinibe é uma alternativa para o tratamento do IFS, em comparação com os métodos tradicionais. A sua alta taxa de resposta global e a prolongada sobrevida livre de progressão destacam sua efetividade. Ademais, a larotrectinibe é capaz de reduzir a morbidade e a necessidade de terapias locais agressivas, minimizando complicações como mutilações e incapacidades permanentes. Nesse contexto, os achados sugerem que o larotrectinibe pode redefinir o paradigma de tratamento do IFS, tornando-se uma opção terapêutica menos invasiva e mais segura, proporcionando mais qualidade de vida às crianças com IFS.
Área
Tumores sólidos
Categoria
Categoria Médico
Autores
Stephanie Zarlotim Jorge, Isabelle Leiko Guedes Morita, Letícia Amelotti Coelho, Cezar Lucas Martins Almeida, Matheus Furbino Barbosa Macedo, Gabriella Borges Sidião, Nicole Lais Marques Cavalcante, Raquel Matos Pereira Silva, Raquel De Crisci Barbosa, Guilherme Vieira Gonçalves, Dalciane Rodrigues de Souza, Ingrid Bortolucci, Gabriel Kwiatkoski, Rayssa Carvalho de Almeida, Bruna Bispo de Souza