Dados do Trabalho
Título
ANÁLISE DA INCIDÊNCIA E TAXA DE SOBREVIDA DO CÂNCER INFANTOJUVENIL NO SUL DE SANTA CATARINA: ESTRATÉGIAS DE AÇÃO PARA O PROGRAMA DIAGNÓSTICO PRECOCE DE UMA INSTITUIÇÃO DE APOIO
Introdução
O câncer infantojuvenil vem aumentando sua incidência na região sul catarinense. Uma Instituição que ampara crianças e adolescentes com câncer na região vem a 14 anos realizando um trabalho assistencial a esses pacientes. Em 2022, a Instituição deu início a uma nova frente de trabalho, o Programa Diagnóstico Precoce, que tem por objetivo buscar ativamente a cura do câncer infantojuvenil.
Objetivo
A fim de entender melhor o perfil do paciente oncológico da região sul catarinense, o objetivo deste trabalho foi de realizar um levantamento de dados epidemiológicos dos pacientes atendidos pela Instituição. Os resultados desta pesquisa também serviram de subsídio para a elaboração de estratégias de ação do Programa Diagnóstico Precoce.
Método
Foram analisadas as fichas cadastrais de todos os pacientes já atendidos pela Instituição desde a sua fundação (2010) até 05/2024, totalizando 350 pacientes. Foram avaliados os seguintes dados: município de residência, desfecho da doença, tempo de vínculo com a Instituição, idade média ao diagnóstico e doença diagnosticada. Após a coleta completa das informações, os dados foram sistematicamente organizados para criação de gráficos e análises estatísticas através do programa Power BI.
Resultados
A Instituição já teve ao menos um paciente de 43 municípios diferentes, de um total de 45 que compõem a região sul catarinense. Do total, 153 são pacientes desligados (curados), 111 são falecidos e 86 são ativos (em vigência de tratamento ou manutenção). Foram acolhidos, em média, 23 pacientes novos por ano. Os pacientes desligados permaneceram em média 3 anos vinculados à organização. Os pacientes que faleceram permaneceram apenas 1 ano, em média. A idade média dos pacientes foi de 8 anos no momento do diagnóstico, sendo que a maior parte dos pacientes se enquadra na faixa etária entre 5 e 9 anos (30,7%). A Leucemia Linfoblástica Aguda foi o tipo de câncer mais diagnosticado dentre os pacientes (31%), seguido de tumores no sistema nervoso central (15%).
Conclusão
Os dados alcançados apontam para uma taxa de sobrevida de apenas 57% na região sul catarinense. O Programa Diagnóstico Precoce da Instituição tem promovido ações contundentes de educação em Saúde e políticas públicas junto aos profissionais da Atenção Básica e outros personagens do Sistema Único de Saúde para reverter essa realidade. Mais de 2000 profissionais da Saúde já receberam capacitação a respeito dos sinais e sintomas do câncer infantojuvenil, além de serem sensibilizados e conscientizados quanto à causa.
Área
Epidemiologia
Categoria
Categoria Multiprofissional
Autores
Lisienny Campoli Tono Rempel, Ana Caroline Francisco, Schneider Neves