Dados do Trabalho
Título
Análise crítica do uso do cateter venoso central de inserção periférica no serviço de oncologia pediátrica do Hospital Santa Casa de Belo Horizonte
Introdução
A implantação de um acesso venoso em crianças e adolescentes com câncer é um desafio para os enfermeiros. O cateter central de inserção periférica (PICC) tem sido utilizado como uma alternativa para obtenção de um acesso venoso duradouro, confiável e seguro na oncologia Pediátrica sendo um elemento essencial para o tratamento do câncer atualmente, diminuindo significativamente a necessidade de múltiplas punções venosas periféricas.
Objetivo
Identificar o perfil dos pacientes oncológicos pediátricos com utilização do uso de PICC, elencar os motivos de remoção e o tempo de permanência do cateter durante o tratamento oncológico.
Método
Estudo quantitativo, descritivo e retrospectivo, que utilizou como técnica de pesquisa a análise documental, por meio de prontuários e registros institucionais dos pacientes submetidos a implantação do cateter PICC da unidade de oncologia pediátrica do Hospital Santa Casa de Belo Horizonte , no período de janeiro de 2023 a dezembro de 2023.
Resultados
A amostra foi constituída por 33 prontuários, nos quais constam registros dos cateteres insertados, sendo que pacientes do sexo masculino corresponderam a 72% dos registros, a média de idade é de 08 anos, os diagnósticos mais frequentes foram de leucemias (69%), tumores sólidos (20%) e linfomas (11%) e os motivos de remoção do PICC foram devido infecções (36%), término de tratamento (27%) e rompimento do cateter (9%), quatro pacientes se mantêm em uso do cateter. O tempo médio de permanência do PICC foi de 156 dias, sendo o mínimo de 2 dias de utilização e o máximo até a presente data de 210 dias.
Conclusão
Os dados apontam que o PICC mostrou ser uma importante opção para terapia intravenosa em oncologia Pediátrica, proporcionando acesso venoso seguro. No entanto, as complicações infecciosas foram a principal causa de remoção do cateter, ressaltando a necessidade de revisão das boas práticas para sua manutenção, prevenção de infecções e promoção da segurança do paciente. Portanto, recomenda-se uma abordagem contínua e rigorosa na gestão do PICC para garantir o sucesso do tratamento oncológico em crianças e adolescentes.
Área
Terapia de suporte
Categoria
Categoria Enfermagem
Autores
Fernanda Ventura Ricoy de Sousa Castro, Rebeca Rocha Ferraz, Joaquim Caetano de Aguirre Neto