FATORES PREDITIVOS DO SUCESSO DA PASSAGEM DE DUPLO J X NEFROSTOMIA EM PACIENTES ONCOLOGICOS COM COMPROMETIMENTO URETERAL: REVISAO DE CASOS DO SERVIÇO DE UROLOGIA DA IRMANDADE DE MISERICORDIA DA SANTA CASA DE SAO PAULO (2017 - 2019)
As obstruções ureterais por neoplasias malignas ocorrem por compressão extrínseca ou infiltração ureteral do sítio primário, através da própria lesão por efeito de massa, metástases, linfondos pélvicos e de retroperitônio, necessitando de desobstrução cirúrgica principalmente pela insuficiência renal terminal.
OBJETIVO: O objetivo desde trabalho é analisar os fatores preditivos do sucesso na passagem do cateter de duplo-j e os fatores que levaram os pacientes a única possibilidade de desobstrução com a nefrostomia, seja como primeira abordagem ou como tratamento subsequente devido ao avanço do tumor primário ou ao grau de disfunção renal já estabelecido.
METODOS: foram analisados retrospectivamente 71 prontuários de pacientes operados por obstrução ureteral no Serviço de Urologia da Santa Casa de São Paulo no período de março/2017 a março de 2019, dos quais 65 foram considerados adequados. Os dados coletados basearam-se nos seguintes critérios: idade, sexo, órgão do tumor primário , anátomopatológico, estadiamento do tumor, tratamento cirurgico do sítio, realização de quimioterapia ou radioterapia neoadjuvante, causa da obstrução ureteral, quadro de apresentação do diagnóstico da obstrução (IRA pós renal, ITU, aumento assintomático de uréia/ creatinina, dentre outros), presença de hematúria ao diagnóstico, níveis séricos de creatininas basais e de entrada do diagnóstico, pior lado da obstrução, achados cistoscópicos ( visualização dos meatos ureterais, tipo de lesão da cistoscopia), tipo de cirurgia realizada (passagem de cateter DJ, nefrostomia), posicionamento cirúgico, evolução a óbito.
RESULTADOS: 69% dos pacientes foram operados na urgência, 41.3% com hidronefrose bilateral importante. 13.3% apresentou hematúria. 24% necessitou de diálise pré operatória62.7% das obstruções foram extrínsecas e o órgão mais acometido foi o colo do útero (46.7%), porém sem correlação estatística como fator preditivo da não passagem do dj. Foi encontrada diferença estatística entre os paciente que apresentavam maiores níveis séricos de creatinina basal e ausência de progressão do cateter DJ.
CONCLUSÃO: a obstrução ureteral por tumor é patologia frequente na rotina urológica. Os fatores que possam intervir no posicionamento e escolha cirúrgica, bem como melhor qualidade de vida aos pacientes ainda não estão claros; porém é possível prever a complexidade da obstrução através de preditores.
hidronefrose; nefrostomia; insuficiência renal; cateter ureteral; obstrução extrínseca maligna, fatores preditivos, falência do cateter
Uro-oncologia
Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo - São Paulo - Brasil
FERNANDA MONTEIRO ORELLANA, ROBSON CRISTIAN VIRGILIO, VICTOR NOTARI DE CAMPOS, DEUSDEDIT VIEIRA DA SILVA, PABLO LEONARDO TRAETE, MARCOS BROGLIO, LUIS GUSTAVO MORATO DE TOLEDO, RAFAEL RIBEIRO ZANOTTI, LUIZ FELIPE DE MELLO PEREIRA LEITÃO, SILVIO DA RESSURREIÇÃO PIRES