Dados do Trabalho


Título

BAIXA PRESENÇA FEMININA NA UROLOGIA: UM PROBLEMA BRASILEIRO?

Resumo

Introdução
O aumento da presença feminina nos mais diferentes ambientes de trabalho também repercute na Medicina. Por mais que homens ainda sejam maioria, 54,4% em 2017, as mulheres já se destacam entre os médicos mais jovens no país, em média 55,5%. Esse número vem crescendo desde 1970, e de 2014 em diante as mulheres passaram a ser responsáveis pela maioria dos novos registros médicos.
Porém, esse crescimento da presença feminina no mundo médico se restringe a algumas especialidades. A urologia, foco deste estudo, continua sendo a especialidade com menos mulheres. Em 2013, 1,7% dos seus titulados eram do sexo feminino, e em 2018 subiu para apenas 2,2%, um dos menores crescimentos dentre as 53 especialidades (perdendo apenas para neurocirurgia, com 0,32%).
A baixa adesão feminina costuma ser justificada por questões culturais, preconceito, desinformação e também uma suposta dificuldade do paciente em se abrir sobre sua sexualidade com mulheres.
A proposta deste trabalho é analisar a presença da mulher na urologia em diferentes países e comparar com os dados nacionais, utilizando informações de acesso público.
Objetivo
Comparar e analisar as estatísticas brasileiras da presença da mulher na urologia com as estatísticas de diferentes países nos últimos 10 anos.
Metodologia
Foi realizado levantamento bibliográfico com estatísticas brasileiras e comparado com diferentes dados internacionais sobre a presença de mulheres na urologia entre 2008 e 2018. As informações foram coletadas por meios de dados oficiais de livre acesso disponíveis online.
Resultado
Foram coletados dados de países de diferentes continentes. Os dados brasileiros trazem um crescimento da presença feminina na urologia que se mostra ínfimo no período analisado, sendo um dos mais baixos dentre os dados encontrados. Outros países, como a França - que teve crescimento de 2,75% a 6,93% - tiveram um aumento mais significativo da presença feminina, ainda assim não seguindo o aumento esperado, tendo em vista que o crescimento de mulheres na medicina chegou a XX,X%. Já os Estados Unidos tiveram um crescimento de 4,7% a 8,7%, aumento mais próximo a realidade geral da medicina no país (6,9%).
Conclusão
O dados coletados apontam que a ausência da mulher na urologia não é um problema estritamente brasileiro, no entanto, agrava-se mais no Brasil. Mostram-se necessários mais estudos sobre a temática a fim de compreender melhor o cenário da presença da mulher na urologia.

Palavras Chave ( separado por ; )

Urologia; Gênero; Feminilização; Medicina; Especialização

Área

Ciência Básica

Instituições

Instituto de Medicina Social - Universidade do Estado do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Brasil, Universidade Nove de Julho - São Paulo - Brasil

Autores

Camila Cavalcanti Barcelos Rodrigues, Beatriz Klimeck, Karla Palma Portes, Yves Silva Teles Matos