CIRURGIA RENAL MINI PERCUTÂNEA COM ALTA HOSPITALAR PROCOCE.
INTRODUÇÃO: Fernstrom e Johansson em 1976 fizeram a primeira descrição de acesso percutâneo renal por nefrolitiase, para tratamento de um cálculo piélico [1]. A técnica da nefrolitotripsia percutânea (NLP) evoluiu muito desde então, tornando-se um procedimento minimamente invasivo com mais segurança e eficácia. O primeiro relato de NLP realizada na posição supina foi de Valdivia Uría et al em 1998 [2]. A decisão de colocar ou não nefrostomia na conclusão do procedimento de NLP depende de vários fatores, incluindo: presença de cálculos residuais; probabilidade de um segundo procedimento; perda sanguínea intra-operatória significativa; extravasamento de urina; obstrução ureteral; potencial bacteriúria persistente devido a cálculos infectados; rim único; diátese hemorrágica [3]; As contraindicações ao método comtemplam: os pacientes que recebem terapia anticoagulante devem ser monitorados cuidadosamente no pré e pós-operatório; a terapia anticoagulante deve ser descontinuada antes do PNL [4]; infecções não tratada; tumor na área de acesso presumida; tumor renal maligno em potencial; gravidez [3]. OBJETIVOS: Neste estudo propusemos a analise de dados de pacientes submetidos a minipercutânea que receberam alta hospitalar precoce e prováveis variáveis associadas. MÉTODOS: Realizado um estudo retrospectivo transversal com 20 pacientes submetidos à cirurgia renal percutânea – Minipercutânea, em Decubito dorsal, em 2018 que tiveram alta precoce. Variáveis utilizadas: idade, lateralidade do cálculo, tamanho do cálculo, uso de nefrostomia, permanência hospitalar e complicações. RESULTADOS: A analise dos 20 casos retrospectivamente demonstra média de idade 33 anos (2 a 50 anos); lateralidade do cálculo: 15 procedimentos a esquerda e 5 procedimentos a direita; tamanho do cálculo: média de 2,3 cm (1,5 a 3,2 cm); todos os casos sem colocação de Nefrostomia; todos os casos com colocação de cateter duplo jota; 6 pacientes tiveram alta nas primeiras 8 horas; 2 pacientes alta em 12 horas; 12 pacientes com alta em ate 24 horas; os pacientes que tiveram alta precoce tinham idade média de 28 anos; sem complicações ou readmissões hospitalares; taxa de Stone Free 92% em 3 meses. CONCLUSÃO: com a análise dos dados conclui-se que a alta precoce é segura e eficaz para pacientes jovens e sem comorbidades, sem utilização de Nefrostomia, com cateter duplo jota, utilização de técnica de decúbito dorsal, e para cálculos menores que 3,0 cm.
CALCULO RENAL; NEFROLITOTOMIA PERCUTÂNEA; MINI PERCUTÂNEA; NEFROSTOMIA;
Litíase / Endourologia
Hospital São Paulo - São Paulo - Brasil, UNAERP - São Paulo - Brasil
HAYLTON JORGE SUAID, FABIANO PARIGI, GABRIEL SALIM CASSEB, FELIPE BARUFALDI, MATHEUS SOARES VITAL, JOÃO VANNUCCI PALUAN, MURILO FERREIRA ANDRADE, MINORU MORIHISA, MARCELO DENILSON BAPTISTUSSI, YSMAEL MEDINA