Dados do Trabalho

Título

NEFRECTOMIA PARCIAL LAPAROSCOPICA ZERO-ISQUEMIA: UTILIZAÇAO DA RADIOFREQUENCIA PARA TUMORES COMPLEXOS

Resumo

Introdução: O tempo de isquemia quente é parâmetro importante na realização da nefrectomia parcial laparoscópica. Interesses na eliminação da isquemia renal impulsionaram o desenvolvimento de diversas estratégias incluindo a ressecção renal baseada em energia.

Objetivos: Apresentamos a utilização da radiofrequência na nefrectomia parcial laparoscópica para tumor complexo.

Materiais: Paciente de 64 anos, feminino, obesa com diagnóstico incidental de tumor renal à esquerda de 2,5cm com R.E.N.A.L score de 10p. A paciente foi colocada em posição de flanco modificada. Quatro portais transperitoneais foram utilizados. Controle hilar foi obtido, os vasos foram preparados para possível oclusão isquêmica. O rim foi dissecado e o tumor foi circunscrito com uma margem de 1.0cm. O dispositivo de radiofrequência (Habib 4x) foi utilizado para criar uma zona de hemostasia. A profundidade e duração da coagulação foram controladas pelo cirurgião. O tumor foi enucleado com tesoura fria. Uma sutura dupla foi usada para hemostasia do parênquima. O espécime foi extraído intacto em saco plástico.

Resultados: O tempo operatório foi de 105 minutos, a perda sanguínea estimada foi de 200mL. Não houve complicações imediatas ou tardias. O paciente recebeu alta no primeiro dia de pós-operatório. O exame patológico da amostra confirmou carcinoma de células renais de 3cm, com margens negativas.

Conclusões: A utilização da radiofrequência na nefrectomia parcial laparoscópica é segura e factível. Esse dispositivo permite a ressecção sem isquemia dos tumores renais, mesmo em locais desfavoráveis. A sutura do parênquima renal em campo cirúrgico limpo e sem preocupar-se sobre o tempo de isquemia facilita a reprodução desta técnica. Estudos prospectivos serão necessários para avaliar resultados a longo prazo.

Palavras Chave ( separado por ; )

Nefrectomia parcial; Radiofrequência; Zero-isquemia;