AVALIAÇAO DOS RESULTADOS ANATOMOPATOLOGICOS DE ESPECIMES DE PROSTATECTOMIAS RADICAIS VIDEOLAPAROSCOPICAS EM HOSPITAL UNIVERSITARIO
Introdução
A prostatectomia radical (PTR) videolaparoscópica (VLP) é uma técnica muito utilizada nos dias atuais para o tratamento do câncer de próstata. Apresenta vantagem com relação a uma rápida recuperação pós operatória, com menor sangramento e dor. Existe ainda alguma preocupação quanto a segurança oncológica da cirurgia VLP. Este trabalho visa avaliar os dados anatomopatológicos das peças cirúrgicas e compara-los com a literatura.
Método
Realizado um levantamento de dados retrospectivos dos pacientes submetidos a PTR VLP no período de março de 2017 e março de 2019 no Hospital Universitário Professor Edgard Santos/UFBA. Todas as cirurgias foram realizadas por urologistas experientes na técnica. Coletamos dados de 31 pacientes que foram submetidos ao procedimento VLP no período. Analisamos resultado histológico, padrão de Gleason mais frequente, % da peça envolvida por tumor, % de tumor de alto grau, margens cirúrgicas, componente cribiforme, envolvimento extraprostatico ou de vesículas seminais além de carcinoma intraductal associado. Comparamos esses resultados com a literatura com ênfase especial a margem cirúrgica.
Resultados
O grau de diferenciação tumoral mais frequente foi Gleason 7 (80.6%) , sendo o ISUP 2 (58%) mais frequente que o ISUP 3, bilateral em 93.5%; A média de % de tumor na peça foi 16.71% e de 1.19% para variação de alto grau. O componente cribiforme foi vista em 18 das amostras (58%) e invasão angiolinfática em 2 delas. Margem vesical e uretral comprometidas somente em 1 paciente. Observado ausência de invasão de vesículas seminais. Carcinoma intraductal associado foi visto em 7 das amostras (22.5%).
Discussão
A discussão entre PTR convencional versus VLP ainda suscita discussões, principalmente nos resultados no tratamento oncológico. Revisões sistemáticas e estudos de meta-analise recentes nos mostram a razão de não inferioridade entre as técnicas no desfecho oncológico, sendo opção do cirurgião qual técnica utilizar. O presente trabalha mostra uma maior casuística de Ca de próstata de risco intermediário e margens cirurgicas negativas corroborando que a PTR VLP é uma técnica oncologicamente segura.
Conclusão
Concluímos que a PTR VLP se consagra com as vantagens de uma técnica minimamente invasiva e com a segurança oncológica pós operatória definido por margens cirúrgicas em sua maioria negativas.
Ca de prostata; PTR VLP; margens cirurgicas; segurança oncologica
Uro-oncologia
Hospital Universitário Professor Edgard Santos UFBA/Ebserh - Bahia - Brasil
Lucas Rosemberg Pellegrino Jorge Alencar, João Setúbal Andrade, Rafael Prates Silva, Filip Messias Santana Prado, Felipe da Silva Pereira, Andre Costa Matos, Daniel Abensur Athanazio, Marcos Lima de Oliveira Leal, Lucas Teixeira Batista, Ubirajara Barroso Junior