EVOLUÇAO DA MORTALIDADE POR NEOPLASIA MALIGNA DA BEXIGA NO ESTADO DA PARAIBA ENTRE 2009 A 2019.
Introdução: A neoplasia maligna de bexiga é 2ª mais comum do trato genitourinário, correspondendo ao 9º tipo mais comum no mundo. No Brasil, estimam-se 9.480 novos casos por ano no período entre 2018 e 2019. O perfil da população mais acometida é de idosos do sexo masculino que se apresentam com hematúria indolor, macro ou microscópica, além de sintomas miccionais irritativos, como aumento na frequência miccional, urgência e disúria, os quais podem ser confundidos com patologias benignas, como infecções e litíase urinária. Associa-se sobretudo ao tabagismo e à exposição laboral a substancias nocivas, fatores de risco modificáveis. Objetivos: Avaliar a evolução da taxa de mortalidade especifica (TME) por neoplasia maligna de bexiga, no estado da Paraíba, no período de janeiro 2009 a janeiro 2019 e o impacto da doença como problema de saúde pública. Métodos: Estudo ecológico de série temporal, utilizando dados referentes à TME por câncer de bexiga, a qual se trata do número de óbitos por 100 mil habitantes, na população residente no estado da Paraíba entre o período janeiro de 2009 e de 2019, obtidos através Sistema de Informações Hospitalares do SUS. Resultados: A partir dos dados coletados, percebe-se um aumento de 89,74% da taxa de mortalidade em uma década, passando 4,39 (2009) para 8,33/100.000 habitantes (2019) no estado da Paraíba. O ano com maior taxa foi o de 2017, com 11,76 óbitos a cada 100.000 paraibanos. A mortalidade média no período observado foi de 7,81 óbitos por 100.000 habitantes, maior que a média nacional (6,71/100.000) e da região Nordeste (7/100.000). Analisando a TME por 16 regiões de saúde do estado, a 3ª região (Esperança) obteve uma TME de 20,41/100.000 pessoas, aproximadamente 2,61 vezes maior que a média estadual. Conclusões: Percebe-se o aumento substancial da TME por neoplasia maligna de Bexiga no estado da Paraíba ao longo de uma década, ultrapassando a TME nordestina e a brasileira, para se tornar problema de saúde publica local. A maior concentração de óbitos foi na região da cidade de Esperança-Pb, onde são urgentes e prioritárias ações de qualificação da rede de assistência hierarquizada e do seu fluxo de diagnóstico e tratamento relacionados, a fim de provocar o declínio nos índices alarmantes de mortalidade pela doença.
estado da Paraíba; taxa de mortalidade; câncer de bexiga
Uro-oncologia
Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ) - Paraíba - Brasil, Universidade Federal da Paraíba (UFPB) - Paraíba - Brasil
Marina Guimarães Ferreira, Matheus Pereira Fernandes, Sabrina de Figueiredo Ramalho, Arlindo Monteiro de Carvalho Junior