CONECTOR URETRAL: NOVO METODO PARA AVALIAÇAO URODINAMICA MINIMAMENTE INVASIVA
INTRODUÇÃO: O exame urodinâmico é o padrão-ouro para a avaliação de sintomas do trato urinário inferior (STUI). Através do estudo pressão-fluxo conseguimos obter importantes informações para a quantificar e caracterizar objetivamente os STUI. No entanto, o exame realizado na sua forma convencional é trabalhoso, caro e invasivo. Visando obter estes dados, através de uma forma menos invasiva, métodos alternativos foram desenvolvidos ao longo dos anos, porém com sucesso limitado. Neste vídeo apresentamos um novo dispositivo, desenvolvido pelo Centro de Engenharia Biomédica em conjunto com a Disciplina de Urologia da UNICAMP, que oferece resultados fidedignos, de forma fácil, reprodutível e minimamente invasivo.
MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de um cilindro de polipropileno vazado, que permite o escoamento de urina por seu interior. Este dispositivo é conectado ao transdutor de pressão, sendo este posicionado corretamente a altura da sínfise púbica do paciente. Orienta-se introduzir o conector na fossa navicular, antes de iniciar a micção. Ao urinar, solicita-se ao paciente que oclua a saída do dispositivo com o dedo indicador após 5 segundos de iniciado micção. Ao interromper brevemente o fluxo urinário, é possível medir a pressão intravesical. Esse procedimento é repetido pelo menos 3 vezes.
RESULTADOS: A avaliação da pressão na urodinâmica não invasiva difere do mesmo exame realizado de forma convencional. Neste último podemos analisar um valor de pressão e de fluxo, convencionado como pressão isotônica. Na forma minimamente invasiva, pode-se analisar apenas a pressão, denominada pressão isovolumétrica. A contração detrusora gera uma força que se converte em fluxo e ao interromper este fluxo, podemos medir a pressão vesical.
CONCLUSÃO: A avaliação urodinâmica minimamente invasiva busca se posicionar entre o exame urodinâmico convencional e a fluxometria. Através dela, temos a possibilidade de associarmos o valor da pressão vesical ao fluxo livre, de forma fácil, rápida e minimamente desconfortável para o paciente. Dessa forma, obtemos mais dados para o seguimento clínico e pós cirúrgico dos pacientes de maneira mais objetiva e menos desconfortável para o paciente.
urodinâmica, sintomas do trato urinário inferior, minimamente invasivo
Uroneurologia / Disfunção Miccionais / Urodinâmica
Unicamp - São Paulo - Brasil
THAIRO ALVES PEREIRA, Arnold Peter Paul Achermann, Fábio Coltro Neto, Lucas Mira Gon, Rodrigo Gonzales Bocos, Ivan Borin Selegatto, Marina Correa Viana, Carlos Arturo Levi D´ancona, Bárbara Ferrarezi