Dados do Trabalho


Título

SINDROME DA VEIA TESTICULAR: PRIMEIRO CASO DESCRITO TRATADO POR CIRURGIA ROBOTICA

Resumo

Introdução: A síndrome da veia testicular (SVT) é uma causa rara de obstrução ureteral que resulta em ureterohidronefrose. A causa da obstrução é a compressão do ureter pelo cruzamento da veia gonadal ipsilateral. O primeiro caso foi relatado em 1975, sendo este o 9º caso descrito e o primeiro caso tratado por cirurgia robótica.

Objetivos: Relatar patologia rara com apresentação em vídeo da técnica cirúrgica utilizada, cirurgia assistida por robô, e revisar a literatura.

Métodos: Vídeo editado com revisão sobre o tema e exposição da técnica robótica para correção do problema. Foi realizada pesquisa na literatura em língua inglesa realizada até Maio de 2019 usando os termos “testicular vein syndrome”, “testicular vein compression on ureter”, “spermatic vein compression on ureter” e “hydronephrosis caused by testicular vein/spermatic vein” na base de dados do PubMed.

Relato do caso: Paciente 58 anos, sexo masculino, com história de dor lombar à direita tipo cólica, há aproximadamente 5 anos com piora nos últimos meses, associado a episódio de hematúria macroscópica.
Paciente hipertenso, sem cirurgias prévias, sem histórico de litíase
Solicitado tomografia de abdome que evidenciou hidronefrose e espessamento focal do ureter direito.
Solicitado Uroressonância (UR) com achado de estreitamento ureteral de 2,0 cm ao cruzar posteriormente a veia testicular ipsilateral, cerca de 5,5 cm abaixo da junção ureteropiélica, com moderada dilatação do sistema coletor à montante. Devido à suspeita de SVT foi indicado ureteroscopia e pielografia ascendente com passagem de cateter duplo J no mesmo ato.
Na ureteroscopia foi observado estenose em ureter proximal de aproximadamente 90% da luz.
Optado por correção videolaparoscópica assistida por robô, por via trans-peritoneal. Identificado veia e artéria gonadal que cavalgavam sobre o ureter direito. Realizado ligadura dos vasos gonadais e ressecção de segmento estenosado de ureter com uretero-uretero anastomose com pontos separados de Polidioxanona 5.0, sem intercorrências. Paciente recebeu alta no 2º dia de pós-operatório sem sonda vesical e dreno.

Conclusão: A SVT é um diagnóstico raro e desafiador. Este relato mostra que a abordagem robótica facilita a anastomose além de possibilitar recuperação extremamente rápida.

Palavras Chave ( separado por ; )

Síndrome da veia testicular; Síndrome da veia gonadal; Veia testícular comprimindo o ureter; Hidronefrose causada por veia testicular/gonadal; Cirurgia robótica; Cirurgia minimamente invasiva; Estenose de ureter

Área

Trauma / Uretra / Urologia Reconstrutora

Instituições

Hospital Paulistano - São Paulo - Brasil

Autores

João Paulo Barbosa de Oliveira, Nilo Jorge Leão Barretto, Valter Ribeiro Jr, Leonardo Welter, Nilo César Leão Barretto, Gil Fred Canuto, Thiago Borges Marques Santana, Caio Pasquali Dias dos Santos, Hugo Octaviano Santos, Leonardo Marques Calazans