Dados do Trabalho


Título

TRATAMENTO CIRURGICO VIDEOLAPAROSCOPICO DE FISTULA VESICO-VAGINAL RECIDIVADA

Resumo

INTRODUÇÃO: A ocorrência de fístula vesicovaginal (FVV) é evento raro e em geral é decorrentes de lesão despercebida da bexiga durante procedimentos cirúrgicos. Outras causas incluem radioterapia pélvica, trauma, entre outras. A FVV pode ser infratrigonal (mais comum) ou supratrigonal, sendo a via preferencial de tratamento da primeira por via vaginal e da segunda por via abdominal.
OBJETIVOS: Relatar tratamento videolaparoscópico de paciente portadora de FVV supratrigonal recidivada após histerectomia abdominal e abordagem abdominal prévia aberta para correção da fístula.
MÉTODOS: Entrevista com paciente, análise do prontuário, coleta do consentimento informado e revisão da literatura.
RESULTADOS (RELATO DO CASO): Paciente, 39 anos, com história de perda de urina espontânea após histerectomia abdominal. Diagnosticada há 2 anos com FVV supratrigonal, sendo realizada correção por via abdominal aberta. Porém fístula recidivou após 6 meses. Deu entrada no nosso serviço com queixa de perda de urina espontânea fazendo uso de aproximadamente 3 fraldas por dia. Realizada cistoscopia que demonstrou orifício fistuloso supra trigonal próximo ao óstio ureteral esquerda. Tomografia de abdome com contraste demonstrou ausência de lesões ureterais associadas. Devido à proximidade da fístula para o trígono vesical, foi realizada passagem de cateter ureteral duplo J bilateralmente e programada abordagem por vídeo. Durante o procedimento, foi realizada adesiólise de aderências devido a procedimentos cirúrgicos prévios, dissecção e separação da cúpula vaginal e da bexiga, abertura da bexiga e da vagina, exérese do orifício fistuloso e do pertuito da fístula, sutura da cúpula vaginal e da bexiga, e deixado dreno abdominal e sonda vesical de demora na bexiga. Paciente evoluiu bem no pós-operatório, sem apresentar perda urinária por vagina. Após 14 dias, foi retirada a sonda vesical e não foi observado vazamento de urina por vagina após 45 dias do procedimento.
CONCLUSÕES: A correção de FVV é procedimento desafiador, principalmente em casos complexos com múltiplos procedimentos prévios. No caso da paciente em questão, o uso da laparoscopia promoveu benefício pela visualização privilegiada da região acometida e por ser minimamente invasiva.

Palavras Chave ( separado por ; )

Fístula Vaginal; Laparoscopia; Incontinência Urinária

Área

Uro-oncologia

Instituições

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE FORTALEZA - Ceará - Brasil

Autores

ANGELO CUNHA FIGUEIREDO FILHO, BRUNO ROBERTO SILVA FERREIRA, LUCAS BRUNO BORGES, CLOVIS CARDOSO PAIVA NETO, GUILHERME CARDOSO FERNANDES, ANDRE FREIRE FUENTES, ROMMEL PRATA REGADAS, FRANCISCO JOSE CABRAL MESQUITA, ROMULO AUGUSTO SILVEIRA, RAFAEL SILVA GUIMARAES