Dados do Trabalho


Título

CONCORDANCIA ENTRE A ULTRASSONOGRAFIA TRANSLABIAL 4D E A AVALIAÇAO DINAMICA DOS MUSCULOS DO ASSOALHO PELVICO REALIZADA POR MEIO DE PALPAÇAO DIGITAL E ELETROMIOGRAFIA DE SUPERFICIE

Resumo

Introdução: Embora a palpação digital seja um dos métodos mais utilizados para avaliação dos músculos do assoalho pélvico (MAP), ainda não existe um método padrão ouro e pouco se sabe sobre a correlação entre métodos de imagem e outros métodos de avaliação dos MAP. Objetivo: Investigar se as alterações morfológicas do assoalho pélvico obtidas por meio da ultrassonografia translabial 4D (UST 4D) correlacionam-se com a força de contração muscular avaliada pela palpação digital e com a atividade eletromiográfica avaliada por meio de eletromiografia de superfície (EMGs). O objetivo secundário foi verificar os parâmetros ultrassonográficos que melhor predizem a palpação digital. Métodos: Um estudo transversal foi realizado com 210 mulheres. A avaliação dos MAP foi realizada por meio de palpação digital (graduada de acordo com a Escala de Oxford Modificada), EMGs e UST 4D (GE Voluson 730 Expert). Os volumes ultrassonográficos foram analisados off-line e foi calculada a diferença entre valores mensurados em repouso e durante a contração dos MAP, obtendo os seguintes parâmetros biométricos: mudança no ângulo do platô do levantador (MAPL), elevação do colo vesical (ECV), estreitamento da área hiatal (EAH), distensibilidade do músculo puborretal (DMPR) e espessura do músculo puborretal (EMPR). A análise estatística foi realizada por meio dos testes de Kruskal-Wallis, Dunn e Pearson, bem como realizou-se regressão logística uni e multivariada, adotando-se nível de significância de 5%. Resultados: Verificou-se correlação significativa entre a MAPL e EMGs (p=0,04; r=0,14). A MAPL (p<0,0001), ECV (p<0,0001), EAH (p<0,0001) e DMPR (p<0,0001) correlacionaram-se significativamente com a palpação digital; sendo que a DMPR e a MAPL são os parâmetros mais preditivos da palpação digital (R2=21,77%). Conclusão: A UST 4D correlaciona-se significativamente com a palpação digital e EMGs, sendo que a MAPL representa o parâmetro que melhor se correlaciona com os dois métodos. Portanto, embora a palpação digital seja essencial durante a avaliação funcional dos MAP, recomenda-se utilizar a UST 4D como método não invasivo, uma vez que fornece informações adicionais aprofundadas sobre a função dos MAP.

Palavras Chave ( separado por ; )

assoalho pélvico; avaliação funcional; eletromiografia; palpação digital; ultrassonografia translabial.

Área

Urologia Feminina

Instituições

Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP - São Paulo - Brasil

Autores

Natalia Martinho, Simone Botelho, Anita Nagib, Paulo Vitor Barreto, Rodrigo Jales, Cássia Juliato, César Amorim, Cássio Riccetto