Dados do Trabalho


Título

TÉCNICA DE DUPLO RETALHO PARA SACROCOLPOPEXIA LAPAROSCÓPICA: RESULTADOS À LONGO PRAZO

Resumo

Introdução: A laparoscopia tem sido aplicada para correção do prolapso da cúpula, porém também permite corrigir cistoceles e retoceles. Objetivos: Demonstrar a experiência na correção laparoscópica de prolapsos genitais pelo emprego de telas nos compartimentos pélvicos. Métodos: 90 pacientes, entre 08/2002 a 05/2019, com média de idade de 65,7 anos, foram submetidas à correção laparoscópica de prolapso genitourinário com 55 delas histerectomizadas. Havia presença de prolapso de cúpula vaginal, ora com cistocele, retocele, ou ambas em 65 pacientes, e prolapso uterino em outras 18 delas. Incontinência Urinaria de Esforço clinica ou oculta, em 38 delas. Com a paciente em Trendelenburg acentuada e membros inferiores afastados, acesso transperitoneal por 4 portais no andar inferior do abdome. Empregado duplo retalho de Gynamesh sendo um para reforço do septo retovaginal e outro para o septo vesicovaginal, e a unificação de ambos para ancoramento da cúpula vaginal ao promontório. O retalho posterior é fixado no músculo elevador do anus em ambos os lados do reto.Os retalhos são fixados respectivamente nas paredes vaginais posterior e anterior, e uma vez unidos ao nível da cúpula vaginal,são fixados ao promontório para a colpo suspensão adequada, seguido de rigorosa peritonização.Os casos de IUE já diagnosticados foram corrigidos por sling transobturatório. Resultados: Tempo cirúrgico médio foi de 3h35min com hospitalização de 2,2 dias. Complicações pós-operatória em 6 pacientes (hematoma retrovesical, lesão temporária do plexo braquial e abcesso pós-hematoma pré-sacral, discite, fístula vesicovaginal, lesão ureteral dir/). Follow-up médio foi de 80 meses, com constatação de 2 falhas cirúrgicas (parciais) sendo uma delas por ajuste inadequado da tensão da tela (primeiro caso) e ou outro por recorrência da retocele. Sete pacientes apresentaram quadro de IUE nos primeiros 6 meses da cirurgia e foram corrigidas por slings (TVT ou TVTO). Não foram registrados distúrbios miccionais obstrutivos pós-operatórios, e as pacientes que permaneceram com sintomas irritativos vesicais já se mostravam sintomáticas no pré-operatório. Conclusões: O emprego de tela macroporosa, monofilamentar, por via laparoscópica, mostrou-se uma técnica excelente para a correção do prolapso genital mesmo para os de grau acentuado, com elevadas taxas de sucesso e baixos índices de complicações. A realização do TOT quando indicada mostrou-se muito eficaz e sem morbidades adicionais.

Palavras Chave ( separado por ; )

laparoscopia; sacrocolpopexia; prolapso

Área

Urologia Feminina

Instituições

Fundação Assis Gurgacz - Paraná - Brasil, Master Clinica - Paraná - Brasil

Autores

Milton Tatsuo Tanaka, Jose Barbosa Mendes Jr, Eduardo Fernando Pacagnan, Fabio Luiz de Souza, Gustavo Marcondes Caetano Martins, Alex sato Tanaka, Marcia Regina Silverio Santana Barbosa Mendes, Juan Mateus Santana Mendes, Diego Sato Tanaka, Lucas Rossato Chrun