REVISAO SOBRE ISQUEMIA EM NEFRECTOMIA PARCIAL LAPAROSCOPICA E ROBOTICA
É de conhecimento comum que o tempo de isquemia quente é um dos principais fatores que determinam o retorno da função renal após o clampeamento do seu pedículo. A emergência da nefrectomia parcial laparoscópica e robótica fomentou novos estudos sobre o impacto da isquemia quente na função renal, no entanto o tempo seguro de duração desse procedimento permanece controverso. Assim, o objetivo desta pesquisa foi revisar a literatura recente, com ênfase nas publicações entre 2015 e 2017. Foram avaliados os principais estudos originais que investigaram e compararam o tempo de isquemia em nefrectomias parciais laparoscópicas e robóticas. Resultados: Não foram encontradas novidades ou consensos nos artigos publicados de 2015 a 2017, em comparação com os dados disponíveis na literatura antes desse período. O ponto de corte considerado seguro para o tempo de isquemia quente variou de 20 a 48 minutos e o tempo de isquemia fria variou entre 30 minutos e 2 horas. Dentre os resultados mais relevantes encontrados em artigos recentes, observa-se que a maior preservação do parênquima esteve mais fortemente associada com a função renal do que com o tempo de isquemia. Alguns autores também enfatizaram que o treinamento do cirurgião é um ponto extremamente importante para o sucesso do procedimento. A nefrectomia parcial robótica mostrou-se superior à laparoscópica, com menor incidência de complicações e menor tempo de isquemia quente.
cirurgia minimamente invasiva; nefrectomia parcial; isquemia.
Uro-oncologia
Santa Casa de Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil
Rogério Saint-Clair Pimentel Mafra, Thomaz Oliveira Protti, Natália Rodrigues de Abreu Vieira, Ricardo Antônio de Pádua Gandra