Dados do Trabalho


Título

ESTUDO COMPARATIVO DA PROSTATECTOMIA SUBCAPSULAR ABERTA, LAPAROSCOPICA E ROBO ASSISTIDA EM DIFERENTES ESTAGIOS DA CURVA DE APRENDIZADO.

Resumo

INTRODUÇÃO: A cirurgia é o procedimento padrão para a maioria dos casos sintomáticos de HBP após falha na terapia medicamentosa. Para adenomas maiores que 80 centímetros cúbicos (cc), a prostatectomia subcapsular aberta (PSA) é o procedimento padrão, sendo a via laparoscópica uma alternativa minimamente invasiva, bem como a cirurgia robótica.
OBJETIVOS: Comparar os resultados perioperatórios e funcionais baseados nos dados obtidos durante a curva de aprendizado dos cirurgiões para técnicas aberta, laparoscópica e robótica.
MÉTODOS: Análise de dados coletados em 3 hospitais durante 5 anos. Foram incluídos pacientes com próstatas maiores que 80g, os quais apresentaram retenção urinária refratária, insuficiência renal pós renal ou falha no tratamento clínico. Foram excluídos pacientes com ASA 3 e 4, câncer de próstata, bexiga neurogênica ou estenose uretral. Não houve randomização nas técnicas cirúrgicas.
RESULTADOS: 90 pacientes submetidos à prostatectomia foram incluídos em nosso estudo; 65 foram tratados com PSA, 15 submetidos à cirurgia Prostatectomia laparoscópica (PL) e 10 operados com auxilio robótico (prostatectomia robótica-PR). Tempo operatório médio foi 125min 180min e 150min respectivamente. Tempo médio de permanência com sonda, tempo de internação foram maiores nos pacientes submetidos à cirurgia aberta. O sangramento intraoperatório e necessidade de transfusão foi maior no grupo de abordagem aberta. Não houve registro de complicações graves entre os grupos com abordagem minimamente invasiva (PL e PR).
DISCUSSÃO: Quando comparado com a PSA, a PL evidenciou menores índices de perda sanguínea, período de cateterismo pós-operatório e internação hospitalar, com maior tempo operatório no entanto. Ao analisar os casos submetidos a tratamento cirúrgico para HBP, a perda média de sangue no PSA foi aproximadamente 88% maior do que na PL. PSA teve um tempo médio de sonda de 8,5 dias, enquanto no PL foi de 5 dias, o que representa um período 70% maior com o sonda. O tempo de internação foi 2x maior no grupo PSA. A amostra limitada, a falta de análise de custos e o formato retrospectivo foram as limitações mais importantes.
CONCLUSÃO: As cirurgias minimamente invasivas podem ser mais seguras e eficazes do que a PSA. Mais estudos serão necessários até que a cirurgia minimamente invasiva seja considerada padrão-ouro para o tratamento cirúrgico das próstatas maiores.

Palavras Chave ( separado por ; )

HPB; comparacao; robotica

Área

Hiperplasia Prostática Benigna

Instituições

Faculdade de Medicina do ABC - São Paulo - Brasil, Hospital do Câncer de Londrina - Paraná - Brasil

Autores

Vinicius Jose Andreotti Panico, Marcos Tobias Machado, Caio Cesar Citatine Campos, Hamilton Campos Zampolli