USO DA GEMCITABINA COMO TERAPIA INTRAVESICAL PARA CANCER UROTELIAL DE BEXIGA NAO MUSCULO-INVASIVO
Introdução: O câncer de bexiga tem alta prevalência mundialmente. Trata-se de uma doença com alta taxa de recidiva e progressão para estágios mais agressivos. A terapia intravesical é geralmente utilizada como um adjuvante após a ressecção do tumor primário, para prevenir a recorrência. A BCG é a droga de primeira linha para essa finalidade e uma série de agentes de quimioterapia, incluindo em particular mitomicina, epirrubicina, dexorrubicina e gemcitabina, são amplamente utilizados como alternativas. Devido a falta de BCG por suspensão da sua fabricação por um período pela ANVISA e a descontinuação da comercialização da mitomicina C no Brasil, faz-se necessário a utilização de novas drogas para este fim. A Gemcitabina vem sendo avaliada em diversos estudos mostrando-se eficaz e com boa tolerância e baixa toxicidade.
Objetivos: Avaliar a tolerabilidade e o perfil de toxicidade da gemcitabina intravesical.
Métodos: Estudo piloto , realizado no Hospital das Clínicas da UFPE com 11 pacientes com diagnóstico de câncer urotelial de bexiga não músculo-invasivo que foram submetidos a terapia intravesical com gemcitabina na dose de 2 g, uma vez por semana durante 6 semanas.
Resultados: Os pacientes toleraram o esquema de tratamento, sem sintomas sistêmicos importantes e com toxicidade local leve e transitória, sendo as principais a urge-incontinência, urgência miccional e a dor suprapúbica, não excedendo o grau 1.
Conclusão: O uso intravesical da Gemcitabina apresentou boa tolerabilidade e baixa toxicidade em pacientes com câncer urotelial de bexiga não músculo-invasivo.
gemcitabina; tumor de bexiga
Uro-oncologia
Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco - Pernambuco - Brasil
José Weslley Silva Bezerra, Danilo Lima Cavalcanti, Moacir Cavalcanti Albuquerque Neto, Natalie Hana Sabota Tominaga, Fabio Oliveira Vilar