Dados do Trabalho

Título

ANALISE DO PERFIL EPIDEMIOLOGICO DA NEOPLASIA MALIGNA DE PROSTATA DURANTE O PERIODO DE 2018 A 2023 NO MUNICIPIO DE MAUA – SP

Resumo

INTRODUÇÃO: Câncer de próstata (CP) é o tumor que afeta a próstata, glândula localizada abaixo da bexiga e que envolve a uretra, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, o CP é a neoplasia maligna mais frequente nos homens e a segunda maior causadora de mortes no Brasil. É considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos e os fatores de risco bem estabelecidos para a doença são: idade avançada, raça negra e história familiar. Se o tumor for localizado, pode-se recorrer à cirurgia ou à quimioterapia, porém, se este se expandiu para outros órgãos, a castração ou bloqueio hormonal são os tratamentos mais adequados.
METODOLOGIA CIENTÍFICA: Estudo observacional retrospectivo, com dados disponíveis no DATASUS, seguindo as variáveis de notificação de diagnóstico das neoplasias malignas de próstata entre os anos de 2018 e 2023 no município de Mauá. Foi utilizada também abordagem descritiva por meio da análise de artigos científicos (SCIELO e PUBMED).
RESULTADOS: De acordo com os dados coletados, o município notificou 260 casos de CP, desse total, aproximadamente 84% possuem mais de 60 anos, e não houve diagnósticos em homens com idade inferior a 40 anos. A maioria dos achados ocorreram no estágio T3 ou T4 da doença, e a modalidade terapêutica mais utilizada foi cirurgia ou quimioterapia, com apenas 1 registro de terapia combinada. Observa-se também um aumento contínuo no número de diagnósticos, exceto pela redução de quase 25% das notificações em 2021, quando comparado ao ano anterior, o que nos leva a concluir que a situação sanitária gerada pela pandemia do SARS-COV-2 impactou o rastreamento dessa neoplasia, já que os casos voltam a subir no ano seguinte.
CONCLUSÃO: Os resultados caracterizam o perfil epidemiológico do CP na Cidade de Mauá de acordo com o observado na literatura, com maior agravo em população idosa. O aumento nas taxas de incidência pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos diagnósticos, nos sistemas de informação e aumento da expectativa de vida. No entanto, ainda existe preconceito por parte do público, o medo e as barreiras impostas à realização do exame preventivo ainda são realidade. Atualmente, o grande desafio é realizar o diagnóstico precoce da doença, buscando o tratamento nos estágios iniciais. Esses dados servem de subsídio para mostrar a necessidade da implementação de mais medidas públicas em ações preventivas sobre CP na população de risco.