Dados do Trabalho

Título

Análise Epidemiológica da Neoplasia Maligna de Próstata nos Últimos Cinco Anos em Goiás: Uma Abordagem pelo Sistema Único de Saúde

Resumo

Introdução: A neoplasia maligna de próstata é caracterizada pelo crescimento anormal e descontrolado de células na glândula prostática. É uma das principais causas de morbidade e mortalidade em homens em todo o mundo, com alta prevalência em idosos. Apresenta-se clinicamente com sintomas como dificuldade urinária e dor óssea em estágios avançados. Sua etiologia envolve fatores genéticos, hormonais e ambientais, e o diagnóstico precoce é crucial para um prognóstico favorável. Este estudo busca analisar seu perfil epidemiológico em Goiás, Brasil, de 2019 a 2023. Metodologia científica: Trata-se de um estudo ecológico, retrospectivo, quantitativo e descritivo, cujo os dados foram obtidos a partir de consultas realizadas no Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS), através da plataforma do DATASUS, referentes ao período de 2019 a 2023. Analisou-se o número de internações em Goiás, a faixa etária mais acometida, a cor/raça que mais sofreu internações por neoplasia maligna da próstata e número de óbitos de acordo com a faixa etária. Resultados: Nos últimos cinco anos, o estado de Goiás registrou um total de 4.091 internações devido à neoplasia maligna da próstata. A faixa etária mais afetada foi entre 60 e 79 anos, representando 71% (2.898) do total de internações. Em termos de cor/raça, os indivíduos pardos foram os mais atingidos, com 1.798 casos, seguidos pelos brancos, com 850 casos. É relevante observar que em 1.040 casos, a informação sobre cor/raça não foi registrada. No que diz respeito aos óbitos, houve 361 notificações. A faixa etária mais afetada foi de 70 anos ou mais. Conclusão: Os dados apresentados refletem a significativa carga da neoplasia maligna de próstata no estado de Goiás nos últimos cinco anos, estando entre os 10 estados que mais notificaram esta doença. A concentração de casos em faixas etárias mais avançadas, especialmente entre 60 e 79 anos, ressalta a importância da vigilância e da implementação de estratégias de prevenção e detecção precoce nesta população. Além disso, a disparidade na incidência entre diferentes grupos raciais destaca a importância de uma abordagem mais atenta a esses grupos. A análise dos óbitos enfatiza a urgência de melhorar o manejo clínico e os cuidados paliativos para pacientes com câncer de próstata, especialmente entre os idosos. Essas informações são fundamentais para orientar políticas de saúde e programas de intervenção direcionados a reduzir o impacto dessa doença na população masculina em Goiás.