Dados do Trabalho

Título

CORRELAÇAO ENTRE O NUMERO DE INTERNAMENTOS E O NUMETO DE OBITOS INTRA-HOSPITALAR POR CANCER DE PROSTATA ENTRE 2018 E 2023 NO BRASIL

Resumo

INTRODUÇÃO: O câncer de próstata é o segundo tumor mais frequente em homens. A sua incidência tem relação com idade avançada, raça negra e histórico familiar. É uma neoplasia de avanço lento, qual apresenta bom prognóstico quando tem um diagnóstico precoce. Este estudo tem o objetivo de avaliar o perfil epidemiológico das internações hospitalares por câncer de próstata, nas diferentes macrorregiões do Brasil, além dos achados associados ao óbito durante a internação.
MÉTODO: Trata-se de um estudo epidemiológico, cujo os dados foram obtidos por meio do banco de dados do DATASUS, no período de janeiro de 2018 até dezembro de 2023. Foram utilizadas variáveis com foco na comparação entre internações e óbitos.
RESULTADO: durante o período estudado, foi observado um total de 200.502 internações por câncer de próstata em todo o território brasileiro, sendo o ano de 2023 o com maior número de internações, 38.477 (19,19%), enquanto 2020, com 29.788 (14,85%), o ano com menos ocorrências. Constatou-se que a região Sudeste do país apresentou a maior taxa de internações, com 50,65% do total nacional, enquanto a região Norte registrou apenas 2,87% dos casos. Em relação aos óbitos intra-hospitalar, foram registrados um total de 19.013 entre os pacientes internados, o que confere uma taxa de mortalidade nacional de 9,45%, sendo a região Nordeste com a menor taxa, de 8,06% (4.094) e a região Norte apresentou a maior taxa, com 14,28% (828). Em contra partida, a região Sudeste, onde foi observado o maior número de internamentos, teve uma taxa de mortalidade de 9,2%.
CONCLUSÃO: através da análise epidemiológica, observa-se que houve uma quebra na crescente do número de internações no ano de 2020, mas que em 2023, houve um pico nos casos de internamentos. Além disso, a região com maior número de registros não apresentou a maior taxa de mortalidade, que seria o Sudeste, mas sim, a região Norte, qual teve o menor número de registros, em todo Brasil, apresentou a maior taxa de mortalidade. Dessa forma, destaca-se a importância do direcionamento a essa região mais afetada, a fim de refletir em planos de ações e medidas que busquem mudar essa realidade.