WhatsApp

Dados do Trabalho


Título

DISPARIDADES REGIONAIS NO PERFIL EPIDEMIOLOGICO DO CANCER DE PRÓSTATA ENTRE OS ANOS DE 2018 E 2023

Resumo

INTRODUÇÃO: Neoplasias malignas permanecem como importante causa de morbimortalidade. O câncer de próstata é o 2º mais comum em homens, representando 30% dos casos. Durante os últimos anos, a expectativa de vida aumentou, moldando os perfis epidemiológicos atuais e resultando em uma incidência crescente dos tumores malignos. Os fatores de risco são multifatoriais, ou seja, ambientais e genéticos. Inclui idade, expectativa de vida, histórico familiar, raça e comorbidades. OBJETIVO: Observar fatores relacionados à taxa de mortalidade e internação nas regiões do país decorrentes de neoplasia maligna da próstata nos anos de 2018 a 2023. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico ecológico, comparando a ocorrência entre populações. Os dados foram obtidos a partir do DATASUS, CID10-C61 (neoplasia maligna da próstata) por local de residência no período de 2018 a 2023. As variáveis consideradas foram: ano, Região, taxa de mortalidade, numero de internação, faixa etária e raça. RESULTADO: Observou-se número de internação maior na Região Sudeste em todos os anos estudados (15.044 - 18.459). O Norte tem o menor número de internações (874 - 1.137) e a maior taxa de mortalidade (13,2 - 15,76%). Com relação à Cor/Raça, observou-se número de internação maior entre os pardos (11.517 - 19.142) e menor nos indígenas (4 -12) e amarelos (403 - 510). Percebeu-se predominância na taxa contendo a faixa etária acima de 80 anos (19,93 - 22,69%). DISCUSSÃO: As desigualdades entre as Regiões Brasileiras podem ser devido a desigualdade de acesso à saúde, social e econômica do Estado. A população que reside em áreas remotas são mais propensos a morar em áreas socioeconômicas mais baixas e longe dos Centros de Saúde, obtendo o diagnóstico em um estágio mais avançado. Bem como, o estigma do exame de toque retal. Outro fator a ser considerado, a falta de informação, baixa participação da população masculina na Atenção Primária à Saúde e sua participação nos Programas de Saúde. Ademais, observa-se maior taxa em 2020 a 2022 em todas as Regiões do país, podendo ser influenciada pela pandemia, na qual reduziu a busca por assistências médicas por sintomas não relacionados à COVID-19. Maior taxa em pardos pode ser explicado em evidencias que demonstram que descendente de negros possuem maior risco da doença do que seus homólogos brancos. CONCLUSÃO: É necessário propiciar um acesso mais equitativo às instalações de saúde, alem de incentivar um estilo de vida saudável.

Área

Câncer de Próstata Localizado

Instituições

Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP - Minas Gerais - Brasil

Autores

MARIANNA SILVA DEZEMBRO LEONELO , JOÃO PEDRO OLIVEIRA REZENDE