Dados do Trabalho
Título
Neoplasia Maligna dos Testículos: Análise Epidemiológica dos Casos Registrados no Brasil nos Últimos Cinco Anos
Resumo
Introdução: A neoplasia maligna dos testículos é uma condição de interesse clínico e epidemiológico, com impacto significativo na saúde masculina. Globalmente, o câncer de testículo representa apenas 1% de todos os tumores em homens e 5% das malignidades do sistema urológico. Sua detecção precoce possibilita uma cura geralmente eficaz, resultando em uma baixa taxa de mortalidade. Considerando a importância da detecção precoce e do tratamento adequado para melhorar os desfechos clínicos, esta pesquisa busca contribuir para uma melhor compreensão da epidemiologia dessa neoplasia. Metodologia científica: Trata-se de um estudo ecológico, retrospectivo, quantitativo e descritivo, cujo os dados foram obtidos a partir de consultas realizadas no Sistema de Informações de Câncer através da plataforma do DATASUS, referentes ao período de 2019 a 2023. Analisou-se os casos diagnosticados de neoplasia maligna dos testículos segundo a faixa etária e a modalidade terapêutica. Resultados: Nos últimos cinco anos, foram diagnosticados 9497 casos de neoplasia maligna dos testículos no Brasil. Destes, 5710 casos ocorreram na faixa etária de 20 a 39 anos, representando 60% dos diagnósticos dessa doença nesse período. Quanto às modalidades terapêuticas, a cirurgia foi a mais frequentemente utilizada, totalizando 5707 procedimentos cirúrgicos. Em segundo lugar, a quimioterapia foi o tratamento escolhido para 2875 casos, enquanto a radioterapia foi utilizada em apenas 13 casos. Conclusão: Os achados epidemiológicos, revelam a predominância da neoplasia maligna dos testículos em homens jovens e ressaltam a importância da conscientização e do rastreamento precoce nessa faixa etária. Além disso, a alta proporção de casos tratados com cirurgia revela a intervenção cirúrgica como o tratamento de referência para a neoplasia maligna dos testículos. A remoção do tumor desde o cordão espermático até o nível do anel inguinal inferior é essencial para reduzir a manipulação excessiva dos gânglios linfáticos e do próprio tumor, prevenindo a disseminação das células cancerosas. Essa abordagem cirúrgica demonstra eficácia na gestão dessa condição e é fundamental para melhorar os desfechos clínicos dos pacientes. Por fim, a colaboração entre profissionais de saúde e o investimento em estratégias de prevenção e tratamento são cruciais para enfrentar esse desafio e melhorar os resultados para os pacientes afetados por essa doença.
Área
Câncer de Testículo e Tumores Raros
Instituições
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIATUBA - UNICERRADO - Goiás - Brasil, Hospital das Forças Armadas - Distrito Federal - Brasil
Autores
JOAO VITOR TAVARES FRANÇA, BRENO LUCAS LIMA GOMES, LUIZA BISOGNIN MARCHESAN, MILENA DOS SANTOS KUNZLER, LETÍCIA BORGES DE MOURA, BEATRIZ MOREIRA BATISTA, JÚLIA BEATRIZ HONÓRIO RORIZ, DANIELE RIBEIRO DUARTE, ANA LAURA MATSUMOTO GONÇALVES ALAB, GABRIELLY THIEMMY SASSAKI