Dados do Trabalho

Título

ESTUDO ECOLOGICO: PREVALENCIA DE OBITOS POR CANCER DE BEXIGA EM HOMENS DE 55 A 80 ANOS NA REGIAO SUL EM COMPARAÇAO A REGIAO NORDESTE NO PERIODO DE 2017 A 2021

Resumo

Introdução: O carcinoma de bexiga é um dos tumores malignos mais comum do trato urinário, o qual tem início na parte interna da bexiga e apresenta formas clínicas variadas, sendo o carcinoma de células transicionais mais predominante, correspondendo a mais de 90% dos casos. No Brasil, o número de casos de câncer de bexiga cresce consideravelmente nos homens, em destaque para a Região Sul ao levar em consideração a quantidade de óbitos por habitantes. No período de 2017-2021 registrou-se que as mortes dos homens aumentaram gradativamente ao decorrer desses anos, sendo assim, sinaliza-se a permanência dessa doença um problema a ser solucionado. Até o momento, não há literatura científica sobre a prevalência da mortalidade durante esse período na Região Sul do Brasil.

Metodologia Científica: Estudo ecológico baseado em dados do DATASUS, a partir dos óbitos de câncer de bexiga no atlas de mortalidade. Diante dos critérios de inclusão, foram coletados registros de mortes no período de 2017- 2021 em homens de 55-80 anos da Região Sul e Região Nordeste por meio da análise de estatística descritiva, ao mesmo tempo que, os critérios de exclusão foram mulheres, e homens das demais idades, como também, das diversas regiões do Brasil e períodos distintos.

Resultados: Foram computados 2161 óbitos por câncer de bexiga em homens na Região Sul do Brasil. O ano de 2017 deteve 403 (18,65%) mortes, seguido de 2018 com 419 (19,39%), 2019 correspondendo a 439 (20,31%), 2020 representando 445 (20,59%) e 2021 com 455 (21,06%) óbitos. Sendo assim, ao decorrer desses anos, os números de mortes aumentaram progressivamente. Ademais, na Região Nordeste do Brasil, onde a população totaliza aproximadamente 54,6 milhões de habitantes (Fonte: IBGE, 2022), foram documentados 1540 óbitos em homens decorrentes de carcinoma de bexiga. Por outro lado, na Região Sul estima-se em cerca de 29,9 milhões de habitantes.

Conclusão: A descrição da prevalência de óbitos por câncer de bexiga de homens na Região Sul revela uma alta predominância nos números dos dados, visto que a população da Região Nordeste é 1,82 vezes maior que a população sulista e, ainda assim, o Sul detém uma maior quantidade de mortes. Dessa maneira, o estudo contribui para destacar a necessidade de intervenções específicas na Região Sul do Brasil, por parte das autoridades de saúde, com o intuito de prevenir o avanço desse cenário.