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Dados do Trabalho


Título

O USO DE ANTICORPOS MONOCLONAIS COMO TERAPIAS NEOADJUVANTES PARA O TRATAMENTO DO CARCINOMA DE CELULAS RENAIS: UMA REVISAO DE LITERATURA

Resumo

INTRODUÇÃO: Mais de 300 mil casos de câncer renal são diagnosticados todos os
anos no mundo, sendo o carcinoma de células renais o mais comum. A taxa de
sobrevida para os pacientes acometidos varia bastante, mas o prognóstico costuma
ser reservado em situações metastáticas ou recidivantes. Sobre o tratamento, a
nefrectomia é o padrão-ouro. No entanto, a neoadjuvância por meio do uso de
anticorpos monoclonais inibidores de PD-1, como nivolumab, e de tirosina quinase,
como o axitinib, surge como possibilidade para melhores resultados. METODOLOGIA
CIENTÍFICA: Realizou-se revisão de literatura utilizando-se os bancos de dados
PubMed, Scielo e LILACS, abrangendo os últimos 5 anos, com a combinações das
palavras-chave “kidney cancer” e “neoadjuvant therapy”, além de seus respectivos
descritores em português. No total, foram encontradas 27 publicações, sendo
adotados apenas os estudos relacionados aos anticorpos monoclonais inibidores de
PD-1 e inibidores da tirosina quinase, com a exclusão das metanálises e revisões de
literatura. No total, foram avaliadas seis publicações. RESULTADOS: Constata-se na
revisão de literatura que a administração de inibidores de PD-1 antes da nefrectomia é
capaz de melhorar a resposta sistêmica das células T aos antígenos tumorais, de
modo a diminuir o risco de recidiva pós-operatória. Com relação à neoadjuvância com
nivolumab, há indicativos de diminuição na mudança média no maior diâmetro tumoral
comparando-se antes e depois da administração. Outrossim, percebeu-se que com a
administração desse inibidor de PD-1 antes da citorredução, obteve-se como resultado
uma significativa extensão na sobrevida livre da doença, passando de 30 meses para
43 meses. Com relação à neoadjuvância com axitinib,, estudos apontam que, ao longo
de um acompanhamento médio de 22,7 meses, a taxa mediana da sobrevida livre da
doença em 1 ano foi de 82% com uma regressão tumoral em mais de 70% dos casos
avaliados. Observou-se também relatos de redução do tumor renal com média global
de 17% após 12 semanas, de modo a favorecer a nefrectomia parcial ao invés da
radical em tumores renais até T2a. CONCLUSÃO: Os resultados das publicações
contribuem para a compreensão da eficácia e do potencial impacto da terapia
neoadjuvante com inibidores de PD-1 e de tirosina quinase no tratamento do
carcinoma de células renais até T2a, beneficiando pacientes com o retardo da
nefrectomia total e oferecendo valiosas perspectivas futuras.

Área

Câncer de Rim

Instituições

UFRN - Rio Grande do Norte - Brasil, UNP - Rio Grande do Norte - Brasil

Autores

LETÍCIA FIGUEIREDO MACEDO, LUCAS FELIX SILVA DE SOUZA, DANIEL MARQUES DA SILVA, MARIA BEATRIZ DA CRUZ NUNES, MILENA FERNANDES DE OLIVEIRA MEDEIROS , JOAO ARTHUR DA CRUZ NUNES, ANA KATARINE LIMA DA CUNHA FARIAS, ISABELE DÓRIA CABRAL CORREIA, MARCELO HENRIQUE SEABRA SANTOS DE AZEVEDO, TÁSSILO RODRIGO ARAÚJO LOPES