Dados do Trabalho

Título

ANALISE DO PERFIL EPIDEMIOLOGICO DO CANCER DE PROSTATA ENTRE REGIOES DO BRASIL NOS ULTIMOS CINCO ANOS.

Resumo

INTRODUÇÃO: O Câncer de Próstata é o segundo câncer mais comum entre homens e segunda maior causa de mortalidade no Brasil e no mundo, muitas vezes assintomático até estágios avançados, resulta em diagnósticos tardios. Compreender as disparidades regionais são cruciais para estratégias de saúde pública. Este estudo visa fornecer um panorama sobre o Câncer de Próstata entre as regiões brasileiras. METODOLOGIA: Por meio de uma abordagem ecológica e epidemiológica, utilizando dados do DATASUS, analisa-se quantitativa e comparativamente as variáveis: número de internações, mortalidade e faixa etária entre janeiro/2018 a novembro/2023 relacionadas ao Câncer de Próstata entre regiões do Brasil. RESULTADOS: O número total de internações por Câncer de Próstata (197.390) foi maior no Sudeste 100.022 (50,67%), em comparação com outras regiões: Nordeste 49.920 (25,29%), Sul 30.330 (15,36%), Centro-Oeste 11.410 (5,78%) e Norte 5.708 (2,89%). Os indivíduos com faixa etária entre 60 e 69 anos representam a maioria em todas as regiões, contudo, observou-se um aumento significativo de casos entre 40 a 49 anos e 50 a 59 anos. Em relação à mortalidade, os casos de óbito foram de 9.292 (9,29%) no Sudeste, 8.091 (8,09%) no Nordeste, 11.012 (11,01%) no Sul, 11.162 (11,16%) no Centro-Oeste e 14.333 (14,33%) no Norte. A análise revelou um aumento nas internações nos últimos cinco anos relacionados ao Câncer de Próstata. Tal crescimento relaciona-se ao avanço nos métodos diagnósticos e a melhora dos sistemas de informação, contribuindo assim para uma detecção precoce. A predominância de casos na sexta década de vida é consistente à literatura, porém o aumento entre faixas etárias mais jovens pode estar ligado a melhores fatores de rastreio, exigindo atenção ao diagnóstico precoce. Apesar do alto número de internações, o maior desenvolvimento econômico do Sudeste contribui para a baixa taxa de mortalidade relativa em comparação com outras regiões, apesar de ter alta taxa de internamentos apenas sendo superada pela região Nordeste. Os dados evidenciam diferenças regionais relevantes a nível populacional. CONCLUSÃO: Este estudo evidencia a complexidade do perfil epidemiológico relacionado ao câncer de próstata no território brasileiro, destacando as diferenças de acesso ao diagnóstico e tratamento dentro da população, bem como as disparidades regionais. Constitui um avanço significativo para a compreensão do sistema de saúde e serve de base para futuras pesquisas mais aprofundadas.