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Dados do Trabalho


Título

EPIDEMIOLOGIA DA NEOPLASIA MALIGNA DE BEXIGA EM MULHERES NO BRASIL ENTRE 2019 E 2023

Resumo

INTRODUÇÃO: A neoplasia maligna de bexiga é uma causa importante de morbimortalidade que atinge a população a nível mundial. Um estudo estatístico utilizando dados da base Global Cancer Observatory estimou 580 mil novos casos de câncer de bexiga mundialmente. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, o câncer de bexiga ocupa a décima segunda posição entres os mais frequentes, desconsiderando o tumor de pele não melanoma. Além disso, o número estimado de novos casos de câncer de bexiga para o triênio de 2023-2025 é de 11.370 casos/ ano. A neoplasia ocorre com maior frequência entre os homens, entretanto nota-se ampliação exponencial da taxa de mortalidade nas mulheres em decorrência desta patologia. Os dados evidenciados representam o aumento e expressividade da neoplasia maligna de bexiga na sociedade. MÉTODO: Estudo epidemiológico realizado, em janeiro de 2024, através da coleta de dados provenientes do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, analisando um período de 05 anos. O estudo busca determinar a incidência de internações e taxa de mortalidade por neoplasia maligna de bexiga na população brasileira feminina entre 2019 e 2023. RESULTADOS: Diante da análise de dados, foram identificadas 102.241 internações por neoplasia maligna da bexiga entre 2019 e 2023, considerando ambos sexos. Nesse sentido, houve prevalência no sexo masculino, contabilizando 71.493 internações (69,92%) masculinas e 30.748 internações (30,07%) femininas. Além disso, ocorreram 2.072 óbitos femininos, representando 32,76% dos óbitos totais. Observou-se que a taxa aumentou em razão da elevação da idade, predominando nas pacientes com faixa etária entre 60-69 anos. Em contrapartida, a taxa de mortalidade decorrente da neoplasia foi maior em mulheres entre 2019 e 2023. A análise mostrou uma média da taxa de mortalidade feminina de 6,74% e 5,95% masculina. Ademais, observou-se que em 2020, foi identificada a maior taxa do período, alcançando 7,20% de mortalidade na população feminina. CONCLUSÃO: Nesse estudo, os dados apresentados acerca do número de internações e óbitos corroboraram com o Instituto Nacional do Câncer quanto à frequência do câncer de bexiga na população masculina. Entretanto, a taxa de mortalidade predominou na população feminina enquanto manteve números elevados de internações e óbitos. Dessa forma, nota-se a necessidade de estimular o acesso da população feminina à informação e esclarecer a importância do médico urologista na saúde da mulher.

Área

Câncer de Bexiga

Instituições

FACULDADE DE MEDICINA DE OLINDA - FMO - Pernambuco - Brasil

Autores

VICTORIA FALABRETTI, ANTONIO CESAR CRUZ, ANA BARBARA ALBUQUERQUE BORGES, ANA PATRICIA MORAIS, EMYLLY CLEYSE VIEIRA BARROS, NAYRAN LORY SOUZA SALES, RAFAELLA DOMINGUES PINHEIRO, MARCELA ALMEIDA LIMA SOUZA, NILSON LINS SOUZA JUNIOR, LUCAS FERNANDES CARVALHO ALMEIDA