Dados do Trabalho

Título

ANALISE EPIDEMIOLOGICA DA NEOPLASIA MALIGNA RENAL NO BRASIL: UM ESTUDO DOS CASOS DIAGNOSTICADOS DE 2019 A 2023

Resumo

Introdução: O câncer de rim é uma preocupação significativa no contexto da saúde pública, sendo o terceiro tumor mais comum do aparelho genitourinário e responsável por aproximadamente 3% das doenças malignas que afetam a população adulta. Este estudo propõe uma análise epidemiológica dos casos diagnosticados de neoplasia maligna do rim, execeto pelve renal, no Brasil, abrangendo os últimos cinco anos. A compreensão detalhada da incidência, bem como as modalidades terapêuticas mais frequentemente empregadas, é fundamental para direcionar políticas de prevenção, detecção precoce e tratamento eficaz dessa condição. Metodologia científica: Trata-se de um estudo ecológico, retrospectivo, quantitativo e descritivo, cujo os dados foram obtidos a partir de consultas realizadas no Sistema de Informações de Câncer através da plataforma do DATASUS, referentes ao período de 2019 a 2023. Analisou-se os casos diagnosticados de neoplasia maligna do rim, exceto pelve renal, segundo o sexo, a faixa etária e as principais modalidades terapêuticas. Resultados: Nos últimos cinco anos, foram registrados 22.842 casos de neoplasia maligna renal, excluindo a pelve renal. Embora já fossem preocupantes em 2019 (4552 casos), os números diminuíram nos anos seguintes (2020-2021), e voltaram a aumentar em 2022-2023, chegando ao seu pico de diagnósticos em 2023 (5068 casos). Dos casos diagnosticados, 12.838 ocorreram em homens e 10.004 em mulheres. A faixa etária mais afetada, para ambos os sexos, foi dos 60 aos 69 anos, representando 28,34% dos casos em mulheres e 31% em homens. Quanto às modalidades terapêuticas, do total de 15.502 pacientes que receberam tratamento, 12.553 foram submetidos à cirurgia, correspondendo a 81% dos casos. Em segundo lugar, 2.667 pacientes foram tratados com quimioterapia, seguidos por 280 pacientes submetidos à radioterapia. Conclusão: Em síntese, os dados revelam uma incidência preocupante de neoplasia maligna renal nos últimos cinco anos no Brasil. Apesar das flutuações nas notificações durante o período do auge da pandemia (2020-2021), fica claro que a doença afeta ambos os sexos, com uma faixa etária especialmente vulnerável entre 60 e 69 anos. A cirurgia se destaca como a principal forma de tratamento, enfatizando sua importância no manejo dessa condição. Esses resultados ressaltam a urgência de medidas preventivas, programas de rastreamento e a contínua evolução das estratégias terapêuticas para enfrentar esse desafio de saúde pública.