Dados do Trabalho

Título

ANALISE SOBRE A ABORDAGEM CIRURGICA NO TRATAMENTO DE CANCER RENAL NAO METASTATICO AO DIAGNOSTICO: NEFRECTOMIA PARCIAL X NEFRECTOMIA RADICAL

Resumo

INTRODUÇÃO: A intervenção cirúrgica é a abordagem principal nas neoplasias renais e, frequentemente, é tratamento curativo. A escolha entre a nefrectomia radical, que remove todo o rim, e uma nefrectomia parcial , que retira apenas o tecido suspeito juntamente com tecido renal adjacente (para garantir margem livre de doença), depende do estágio, número de lesões e da localização do tecido suspeito. Em certas situações, a remoção da glândula adrenal, gordura perirrenal e gânglios linfáticos são necessárias; como em tumores localmente avançados. Pacientes com metástase podem se beneficiar da cirurgia para a remoção do tumor renal, tanto para alívio de dores e sangramentos como para diagnóstico histopatológico e redução da carga tumoral. O objetivo deste trabalho é analisar a literatura atual sobre indicação de nefrectomia parcial ou total em pacientes com câncer renal não metastático ao diagnóstico. METODOLOGIA CIENTÍFICA: Estudo referente a análise da literatura atual, baseado nos resultados de 23 artigos, incluindo metanálises e revisões, publicadas no PubMed de Janeiro a Dezembro de 2023, que abordaram a discussão entre nefrectomia parcial e total em pacientes com câncer renal não metastático. RESULTADOS: Dos 23 artigos relevantes, 10 foram excluídos devido comparação com outras técnicas de tratamento ou estudos ainda em andamento. Dos estudos analisados, 5 concluíram equivalência entre abordagem e desfecho; 5 concluíram que a parcial é superior pela manutenção da função renal; 1 concluiu que a parcial têm melhor sobrevida e 2 concluíram que a radical é melhor em idosos. CONCLUSÃO: O tratamento cirúrgico é um consenso para tumores renais, tanto para diagnóstico quanto para retirada de tecido neoplásico, porém a dúvida sobre o tipo de nefrectomia persiste. Dessa forma, através de estudos de 2023, mesmo havendo discordância literária e estudos em andamento, conclui-se que a literatura favorece a nefrectomia parcial pelo benefício da preservação de massa renal e provável melhor evolução da função renal, sem prejuízo no seguimento e recidiva da doença. Ressalta-se que a conclusão do benefício na população idosa pela nefrectomia radical em relação à parcial, foi baseada no risco de sangramento perioperatório; logo, novas análises podem ser necessárias. Diante disso, a nefrectomia parcial vem ganhando espaço e preferência na abordagem do câncer renal e, caso não altere o prognóstico oncológico, tende a ser benéfico quanto ao menor prejuízo da função renal.