Dados do Trabalho
Título
PERSPECTIVAS INOVADORAS NA TERAPIA DE CARCINOMAS RENAIS: EXPLORANDO O POTENCIAL TERAPEUTICO DAS CELULAS CAR-T DIRECIONADAS AO CD70 E AO ALLO 316.
Resumo
Introdução: A imunoterapia com células CAR-T visa proteínas em células tumorais para induzir resposta antitumoral. Em carcinomas renais avançados, eficácia limitada dessa terapia resulta em prognósticos desfavoráveis. O CD70, superexpresso em células cancerosas, é um alvo potencial devido à sua presença em vários tumores, incluindo câncer renal, e sua baixa ocorrência em tecidos saudáveis. O ALLO-316, uma terapia CAR-T para carcinoma renal avançado, se destaca no estudo TRAVERSE (fase I), com genes desativados para reduzir o risco de doença do enxerto contra o hospedeiro. O CD52 inativado permite que o ALLO-647 elimine células T naturais sem afetar as CAR-T. Estratégias anti-fratricídio, como o mimetope de CD20 para rituximabe, também são empregadas para reforçar o controle e a segurança. Metodologia: Realizou-se uma revisão integrativa abrangente da literatura, analisando artigos científicos publicados de 2021 a 2023 nas seguintes bases de dados: PUBMED, RESEARCHGATE e SCIELO. A busca sistemática utilizou os descritores "Terapia com Células T no Câncer Renal" e "Allo 316" para encontrar estudos relevantes e atualizados sobre esse tema emergente na oncologia contemporânea. Resultados: Observou-se que as proteínas CD70 são expressas em diferentes quantidades nas células malignas, sendo mais comuns em cânceres metastáticos renais e menos em cânceres primários. A taxa de positividade do CD70 ≥1 foi de 98% em CCRCC e 46% em SarRCC, mas diminuiu significativamente ao aumentar para ≥ 25 e ≥ 50 em todos os subtipos. O ALLO-316, uma CAR-T que visa o CD70, emergiu como uma nova opção, especialmente para pacientes previamente tratados. A terapia com células CAR-T demonstrou uma taxa de controle da doença de 89% e uma taxa de resposta global de 17% em cerca de 8 meses de acompanhamento. No entanto, houve efeitos colaterais, como neurotoxicidade (68%), síndrome da liberação de citocinas (58%) e infecções (42%), variando conforme o paciente e a dose administrada. Conclusão: A imunoterapia com células CAR-T, visando o CD70 em células tumorais, traz esperança no tratamento do carcinoma de células renais avançado. O estudo TRAVERSE destaca a eficácia do ALLO-316, com alta taxa de controle da doença. No entanto, efeitos colaterais como neurotoxicidade e síndrome da liberação de citocinas requerem monitoramento cuidadoso. Esses resultados representam avanços na busca por tratamentos mais seguros e eficazes para pacientes com câncer renal avançado.
Área
Câncer de Rim
Instituições
USCS - São Paulo - Brasil, USCS - São Paulo - Brasil
Autores
ANA LAURA DE OLIVEIRA, LETÍCIA AMELOTTI COELHO, ISADORA STAUFACKAR GONÇALVES, FERNANDA SAYURI ITO MEIRA, STEPHANIE ZARLOTIM JORGE, MARIA EDUARDA GEDDO KOSTAKIS, EDUARDA BARIONI BARBOSA