WhatsApp

Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLOGICO DA NEOPLASIA MALIGNA DA BEXIGA NA POPULAÇAO BRASILEIRA NO PERIODO DE 2019 A 2023

Resumo

Introdução: O câncer de bexiga ocupa a segunda posição na incidência de neoplasias malignas urológicas (37.199 casos), precedido pelo carcinoma prostático (186.301) e seguido pelo carcinoma renal (22.345). Embora sua gravidade, por muitos anos, o subfinanciamento restringiu o desenvolvimento do saber científico acerca do assunto, contribuindo para que o tratamento fosse limitado e conservador, sendo evidente a cistectomia radical, a qual ainda é considerada padrão-ouro nos casos de tumor músculo-invasivo. Com os avanços tecnológicos e pacientes mais participativos no processo saúde-doença, há tentativas de reverter esse cenário por meio de terapias menos invasivas e custosas, reduzindo, assim, as complicações pós-operatórias e aumentando a sobrevida dos indivíduos. Metodologia Científica: Trata-se de um estudo ecológico. Os dados são referentes ao Brasil e foram coletados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), por meio do Sistema de Informação Ambulatorial (SIA), do Sistema de Informação Hospitalar (SIH) e do Sistema de Informação de Câncer (SISCAN). As variáveis de interesse foram diagnóstico detalhado, sexo, faixa etária, regiões e UF de tratamento, ano de diagnóstico e de tratamento e modalidade terapêutica. O período analisado foi de 2019 a 2023. Resultados: Segundo os dados coletados, foram diagnosticados 37.199 casos de neoplasia maligna da bexiga urinária no Brasil. A maior prevalência dos registros foi no sexo masculino, representando 69,9%, com idade entre 65 e 69 anos. Após o diagnóstico confirmado, observou-se que a principal forma terapêutica realizada durante os quatro anos foi a cirurgia (66,9%), seguido da quimioterapia com 13,4% e da radioterapia com 1,7%. Além disso, o Sudeste foi a região que ofertou uma quantidade significativamente maior de serviços terapêuticos, totalizando 14.969 procedimentos, em especial no estado de São Paulo (8.639). Conclusão: No Brasil, a CID-10 C67 atinge predominantemente a população masculina idosa. Quanto aos métodos terapêuticos, há concentração de serviços de saúde na região Sudeste e a cirurgia continua como a opção mais escolhida. No entanto, com as complicações pós-operatórias e, consequentemente, as altas chances de metástases e de morte, busca-se alternativas à cistectomia radical, levando em consideração a singularidade de cada quadro clínico, com objetivo de garantir qualidade de vida aos pacientes oncológicos, sobretudo aos idosos.

Área

Câncer de Bexiga

Instituições

Faculdade Morgana Potrich - Goiás - Brasil

Autores

VERÔNICA AMABILE MIRANDA DE SOUZA