Dados do Trabalho

Título

CANCER DE PROSTATA NO BRASIL: ANALISE DO PERFIL EPIDEMIOLOGICO E FINANCEIRO DOS INTERNAMENTOS PELO SISTEMA UNICO DE SAUDE NO PERIODO DE 2013-2023.

Resumo

Introdução: O Câncer de Próstata é a segunda malignidade mais frequente em homens no mundo. Dados globais estimam 1.466.718 novos casos e 396.773 mortes em 2022, que representam 7,3% dos óbitos por cânceres em homens. No Brasil, foram relatados 71.730 novos casos em 2023. Portanto, é evidente que o Câncer de Próstata é um problema de saúde pública, o que justifica os esforços para estudar e prevenir o agravamento da doença. Diante disso, o presente trabalho se propôs a analisar o perfil epidemiológico e distribuição de recursos para o tratamento de pacientes com Câncer de Próstata internados no Sistema Único de Saúde, nas diferentes regiões do Brasil, no período de 2013 a 2023. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo realizado com dados secundários do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde de Janeiro de 2013 à Dezembro de 2023. Os dados incluíram todas as internações por Câncer de Próstata nas cinco regiões do Brasil. O estudo considerou: número total e anual de internações por região e unidade da federação do Brasil; características demográficas (faixa etária e etnia); número de óbitos; e valor gasto com internações (por todas as neoplasias e por neoplasia maligna da próstata). Resultados: No período estudado, foram registradas 343.335 internações por Câncer de Próstata no Brasil, tendo o ano de 2023 o maior número de casos (36.183) e, 2013, o menor (23.350). Por região, o Sudeste liderou com 176.410 (51,38%) internações, seguido pelo Nordeste com 83.865 (24,42%) e Sul com 53.314 (15,52%). Dentre as Unidades Federativas, São Paulo foi responsável pelo maior quantitativo de internações com 85.217 (24,82%); seguido por Minas Gerais com 53.893 (15,69%) e Bahia com 29.080 (8,46%). Com relação ao perfil epidemiológico, observou-se predomínio de pardos (36,95%) na faixa etária de 60 a 69 anos (38,38%). Foram relatados 32.096 óbitos (9,34%), com pico de mortes em 2022, 3.307 (10,3%). O custo total das internações pela doença foi R$1.024.947.607, o que corresponde a 5,37% das despesas com internações por neoplasias no país. Conclusão: A análise da distribuição geográfica revela a concentração de casos nos maiores centros do país, e a disparidade entre os estados aponta para a importância de ações específicas adaptadas às realidades locais. Além disso, o custo significativo das internações reforça a urgência de investimentos em saúde preventiva e acesso igualitário aos serviços da atenção primária à saúde.