Dados do Trabalho

Título

PERFIL EPIDEMIOLOGICO DA MORTALIDADE POR CANCER DE PROSTATA NO ESTADO DE MATO GROSSO, BRASIL, DE 2017 A 2022

Resumo

Introdução: O câncer de próstata (CAP) é a segunda maior causa de morte por câncer no sexo masculino, perde somente para o câncer de pulmão. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (2020), no Brasil, foram registradas 15.841 mortes por CAP.
Metodologia científica: o presente trabalho trata-se de um estudo epidemiológico retrospectivo e descritivo sobre a mortalidade por câncer de próstata no Estado de Mato Grosso, Brasil, no período de 2017 a 2022. Os dados são de acesso público e foram captados na plataforma de informações da Secretária de Estado de Saúde de MT.
Resultados: De 2017 a 2018 foram registrados 1.166 óbitos por CAP em MT, sendo 2020 o ano que registrou a maior frequência de mortes (18,5%), seguido por 2022 (18%), 2021 (16,6%), 2019 (16%), 2017 (15,6%) e 2018 (15,3%). A maioria das vítimas possuíam faixa etária igual ou acima de 75 anos (58%), seguida pelas faixas etárias 65 a 74 anos (28%), 55 a 64 anos (12%), 45 a 54 anos (1,8%) e de 35 a 44 anos (0,2%). A raça/cor mais vitimizada foi a parda e preta (62,5%), seguida pela branca e amarela (36,2%), indígena (0,5%) e em branco (0,8%). Cerca de 60% das vítimas receberam assistência médica, enquanto que 8,5% não receberam e em branco corresponderam a 31,5%. A macrorregião de residência Centro-Norte apresentou 32,7% dos óbitos, seguido pelas macrorregiões Norte (19,3%), Sul (17,7%), Oeste (11,5%), Leste (10,5%) e Centro Noroeste (8,3%).
Conclusão: No período analisado, o ano de 2017 deteve a maior frequência de óbitos por câncer de próstata em Mato Grosso, sendo que a maioria das vítimas apresentavam faixa etária igual ou acima dos 75 anos. O perfil da raça/cor das vítimas era preta e parda, pois essa raça é que também apresenta maior incidência para CAP a nível nacional e regional. A maioria das vítimas por CAP receberam assistência médica em vida, no entanto, foi encontrado número considerável de vítimas que não foi possível determinar se receberam ou não assistência médica. A macrorregião com maior concentração de óbitos foi a Centro-Norte devido a mesma apresentar a maior concentração populacional do estado e abrigar a Capital Cuiabá. Os resultados do presente trabalho estão de acordo com a literatura científica, apesar da precariedade de informações sobre assistência médica das vítimas. Por fim, ressaltamos que a partir do presente estudo, futuras pesquisas e ações de saúde que envolvam o perfil epidemiológico e combate ao CAP em MT podem ser realizadas.