Dados do Trabalho
Título
CONSEQUENCIAS NEUROLOGICAS DA IMUNOTERAPIA NO TRATAMENTO DO CANCER
Resumo
Introdução: A terapia imunológica contra o câncer abrange diversas abordagens que potencializam as respostas antitumorais do sistema imunológico do paciente, transformando significativamente o cenário do tratamento oncológico recentemente, com aprovações cada vez mais amplas para várias formas de câncer. No entanto, essa revolução terapêutica não está isenta de efeitos colaterais. Diversos efeitos adversos neurológicos foram identificados em relação aos inibidores de checkpoint imunológico (ICI) e à terapia com células T receptoras de antígenos quiméricos (CAR-T), que são as duas principais categorias de imunoterapia utilizadas no combate ao câncer. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica de artigos científicos, com coleta de dados de agências governamentais, organizações de saúde, SciELO, PubMed e Scopus. Direcionando-se apenas para estudos científicos com alto índice de relevância, publicados nos últimos 10 anos, que se dedicam especificamente às implicações no âmbito neurológico associadas aos inibidores de checkpoint imunológico (ICI) e à terapia com células T receptoras de antígenos quiméricos (CAR-T). Essas modalidades representam as principais categorias de imunoterapia empregadas no tratamento do câncer. Resultados: Diante desta revisão bibliográfica e análise de dados, foi possível avaliar a relevância e as manifestações clínicas, o diagnóstico e o manejo das complicações neurológicas associadas aos inibidores de checkpoint imune (ICI) e à terapia com células T do receptor de antígeno quimérico (CAR), duas das principais classes de imunoterapia do câncer. As principais formas de eventos adversos neurológicos associados a inibidores de checkpoints imunológicos, foram: Miosite (32%) foi a complicação neurológica mais frequente, seguida por neuropatias periféricas (22%), síndrome miastênica (14%), encefalite (13%), neuropatia craniana (7%), doença desmielinizante do sistema nervoso central (SNC)/mielopatia (4%) e meningite asséptica (3%)10. Conclusão: Em síntese, a imunoterapia revolucionou o tratamento do câncer, desafiando antigas limitações em neoplasias antes tidas como intratáveis. A expansão contínua dessas abordagens imunoterápicas para diferentes tipos de câncer é uma tendência promissora. Contudo, é crucial considerar os efeitos adversos, especialmente os neurológicos, cujo diagnóstico pode ser desafiador devido à variedade de sintomas inespecíficos.
Área
Complicações do Tratamento Oncológico
Instituições
USCS - Univ. Municipal de S. C. do Sul - São Paulo - Brasil
Autores
ALEJANDRO BARTH CALUX HIDALGO