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Dados do Trabalho


Título

Impacto da prostatectomia radical na função sexual dos pacientes com câncer de próstata localizado

Resumo

Introdução

O câncer de próstata é o tipo mais comum de câncer entre os homens, sendo responsável por 29% dos diagnósticos de câncer no Brasil. O tratamento do câncer de próstata localizado pode ser feito por meio de vigilância ativa, radioterapia, hormonioterapia ou prostatectomia radical (PR), que consiste na remoção cirúrgica da próstata e das vesículas seminais. A PR é considerada uma opção curativa para o câncer de próstata localizado, mas pode trazer consequências negativas para a função sexual dos pacientes, como disfunção erétil, climatúria, alterações do orgasmo e encurtamento peniano. Essas mudanças podem afetar a qualidade de vida, a autoestima, a masculinidade e o relacionamento íntimo dos pacientes e de seus parceiros. Por isso, é importante avaliar o impacto da PR na função sexual dos pacientes e oferecer estratégias de reabilitação sexual adequadas.

Metodologia

Foi realizada uma busca nas bases de dados PubMed e Scielo, utilizando os descritores “prostatectomia radical”, “câncer de próstata”, “função sexual”, no período de 2015 a 2020. Foram selecionados artigos originais, que abordassem o tema proposto.

Resultados

Foram encontrados 32 artigos, dos quais 18 foram selecionados para a revisão. Os principais resultados encontrados foram: A PR pode causar lesão dos nervos cavernosos, que são responsáveis pela ereção peniana, levando à disfunção erétil em até 80% dos pacientes. Além disso, a PR pode afetar a libido, que é o desejo sexual, em até 50% dos pacientes. Esse efeito pode estar associado à ansiedade, à depressão, à alteração hormonal e à disfunção erétil. Por fim, a PR pode causar encurtamento peniano em até 68% dos pacientes. Esse fenômeno pode afetar a autoimagem, a confiança e a satisfação sexual dos pacientes e de seus parceiros.

Conclusão

A PR é um tratamento eficaz para o câncer de próstata localizado, mas pode causar impactos negativos na função sexual dos pacientes, comprometendo sua qualidade de vida e seu bem-estar psicossocial. Por isso, é fundamental que os pacientes sejam informados sobre os possíveis efeitos adversos da cirurgia e que recebam orientação e acompanhamento adequados para a reabilitação sexual. Essa reabilitação sexual deve envolver uma abordagem multidisciplinar e individualizada , que considere os aspectos fisiológicos, psicológicos e educacionais da sexualidade. Além disso, a reabilitação sexual deve iniciar antes da cirurgia, a fim de preparar o paciente e seu parceiro para as mudanças que podem ocorrer.

Área

Câncer de Próstata Localizado

Instituições

Uscs - São Paulo - Brasil

Autores

MATHEUS SANTOS SAMARITANO PEREIRA, MARIA JULIA PINHEIRO FERNANDES