Dados do Trabalho

Título

PERFIL EPIDEMIOLOGICO DAS INTERNAÇOES POR CANCER DE BEXIGA NO BRASIL, NO PERIODO DE 2018 A 2023

Resumo

INTRODUÇÃO: O câncer de bexiga se destaca por ser a neoplasia maligna mais comum do trato urinário. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer, ele ocupa a 7ª posição de prevalência dentre a população masculina. Trata-se de uma morbidade com alta taxa de recidiva. O presente artigo tem a finalidade de expor dados epidemiológicos acerca das internações hospitalares por câncer de bexiga no Brasil, contribuindo para o avanço do combate a essa neoplasia.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal, descritivo de caráter quantitativo. Os dados foram coletados da Plataforma TabNet (DATASUS), na aba de morbidade hospitalar. Tais dados foram analisados segundo as variáveis sexo, óbito e taxa de mortalidade a partir das internações na série temporal de 2018 a 2023.
RESULTADO: Diante dos resultados, foram observados um total de 117.277 internações no período de 6 anos. Em todas as regiões houveram uma prevalência da população masculina, seguindo em ordem crescente o Norte com 2.340 internações (72% homens e 28% mulheres) seguida do Nordeste com 17.927 (68% homens e 32% mulheres), Sudeste 66.297 (70% homens e 30% mulheres), Sul 24.841 (70% homens e 30% mulheres) e centro-oeste 5.872 (68% homens e 32% mulheres). Em relação aos óbitos, foram analisados 7.258, também com maior número dentre os homens. No Norte houveram 217 falecidos (73% homens e 27% mulheres), Nordeste 1.1161 (66% homens e 34% mulheres), Sudeste 3942 (67% homens e 33% mulheres), no Sul 1518 (69% homens e 31% mulheres) e no centro-oeste 420 óbitos (64% homens e 36% mulheres). Entretanto, ao referir-se a taxa de mortalidade, a população feminina teve maior prevalência, exceto na região Norte onde registrou uma taxa de 9,44% da população masculina e 8,85% da população feminina. No Nordeste 6,29% dos homens e 6,88% das mulheres, Sudeste, 5,68% dos homens e 6,58% mulheres, Sul, 6,02% homens e 6,33% mulheres. Por fim, na região centro-oeste, 6,69% homens e 8,17% mulheres.
CONCLUSÃO: Portanto confirma-se um maior acometimento do câncer de bexiga no público masculino, além de um maior número de internações e de óbitos intra-hospitalar dessa parcela social. Em contra partida, ao analisar a taxa de mortalidade, a população feminina tem maior predomínio. Assim, o atual estudo do perfil epidemiológico da internação por neoplasia maligna de bexiga deve contribuir para estruturação de planos de ação que visem a redução de danos e/ou óbitos da população brasileira.