Dados do Trabalho

Título

OBITOS POR NEOPLASIA MALIGNA DE BEXIGA NO BRASIL EM 2022: PERFIL EPIDEMIOLOGICO

Resumo

Introdução: A neoplasia maligna de bexiga é o câncer mais comum do sistema urinário e o nono mais comum em todo o mundo, totalizando 4.595 óbitos em território brasileiro somente em 2020. O tabagismo representa o principal fator de risco para o desenvolvimento dessa patologia no mundo ocidental. Além disso, a exposição a agentes ambientais e ocupacionais, como os utilizados na produção de borracha e alumínio, corantes de uso industrial e as radiações x e gama também é importante no desenvolvimento da doença. Desse modo, o objetivo deste estudo é traçar o perfil epidemiológico dos óbitos por Neoplasia Maligna de Bexiga no Brasil. Metodologia científica: Trata-se de um estudo quantitativo e retrospectivo, utilizando dados do Departamento de Informações e Informática do SUS (DATASUS) sobre óbitos por Neoplasia Maligna de Bexiga (CID-10: C67) em território brasileiro no ano de 2022. As variáveis analisadas foram região, faixa etária, sexo, cor/raça, escolaridade e estado civil. Resultados: No período proposto, observa-se um total de 5.119 óbitos referentes a Neoplasia Maligna de Bexiga no Brasil, além de uma prevalência masculina, de 3.419 (66,7%), fato que vai ao encontro com a realidade mundial. Ao analisar os óbitos por sexo concomitantemente com a Região, nota-se o predomínio da região Sudeste, tanto na população masculina quanto feminina, com 1.716 e 903, respectivamente. Em relação à etnia, tanto o sexo masculino quanto feminino apresentam maior prevalência de óbitos na população branca, totalizando 67% e 66,3%, respectivamente. Ademais, observa-se que os óbitos concentram-se na faixa etária acima dos 60 anos, somando 4.677 (91,3%) e, em relação ao estado civil, os óbitos concentram-se nos estados de casado e viúvo, totalizando 3.511 (68,5%). Quanto à escolaridade, a faixa de 4-7 anos de estudo representa 24,1% dos óbitos, seguida da faixa de 1-3 anos, com 21,3% . Conclusão: Evidencia-se, nos dados demonstrados, que a Neoplasia Maligna de Bexiga representa uma patologia relevante na população brasileira, especialmente em relação aos óbitos gerados. Assim, torna-se indispensável a realização de triagens e políticas públicas que visem a população mais afetada, principalmente com diagnóstico precoce e com a redução da exposição aos fatores de risco.