Dados do Trabalho

Título

ESTUDO EPIDEMIOLOGICO DA NEOPLASIA MALIGNA DA PROSTATA NOS ULTIMOS CINCO ANOS NO BRASIL

Resumo

Introdução: As neoplasias malignas prostáticas são o tipo de tumor mais frequente em homens, depois do câncer de pele. Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), mais do que qualquer outro tipo, é considerado o câncer da terceira idade, já que cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. Entre os fatores que podem influenciar potencialmente no desenvolvimento do câncer de próstata, destacam-se tabagismo, etilismo, vasectomia e hábitos alimentares. A partir do diagnóstico, os vieses terapêuticos são: cirurgia de remoção (prostatectomia radical), radioterapia, vigilância ativa e quimioterapia. Metodologia Científica: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, com abordagem quantitativa, realizado a partir de casos de pacientes com diagnóstico de Neoplasia Maligna da Próstata no Brasil, entre os anos 2018 a 2023. Para isso, foram coletados dados no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), avaliando as seguintes variáveis: modalidade terapêutica, região - residência e faixa etária, segundo o ano de diagnóstico. Resultados:
O estudo aponta que foram notificados 218.508 casos de neoplasia maligna da próstata entre os anos de 2018 a 2023, dos quais, aproximadamente, 51% (110969/218508) são de pacientes residentes na Região Sudeste, enquanto, na Região Norte, evidencia-se o menor número de notificações, cerca de 3,5% (7735/218508). Sobre a modalidade terapêutica, a quimioterapia destaca-se como o tratamento mais implementado, correspondendo a 44% (97005/218508) do total de casos, seguido de procedimentos cirúrgicos que contabilizam 19% (41558/218508). Ainda, as faixas etárias com maior notificação de casos dessa neoplasia são de 60 a 74 anos, as quais juntas totalizam 60% (132574/218508) da população acometida pela doença. Conclusão: Diante do exposto, a alta incidência de neoplasias malignas da próstata, especialmente em indivíduos de idade mais avançada e residentes da Região Sudeste, atenta para defasagens de medidas preventivas e para a deficiência de diagnósticos e de protocolos de rastreamento em indivíduos predispostos. Sendo assim, destaca-se a necessidade de intervenções multidisciplinares de saúde que busquem abranger a saúde masculina de forma holística e integrativa.