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Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLOGICO DOS CASOS DE NEOPLASIA DE BEXIGA ENTRE OS ANOS DE 2018 E 2023 NA REGIAO SUDESTE DO BRASIL

Resumo

Introdução: O câncer de bexiga (CB) é a subclassificação cancerígena de maior incidência dentre todos os tumores possíveis no trato urinário. A origem mais comum desta neoplasia é a partir das células do urotélio - camada mais interna do órgão. Este câncer, à medida que se evolui e se infiltra nas paredes teciduais da unidade do sistema em questão, pode alcançar outros órgãos, configurando, assim, como uma neoplasia maligna dita invasiva. Nos últimos anos, o CB tem se tornado um tema de grande preocupação, visto que o principal fator de risco para o seu desenvolvimento é o tabagismo. Nesse sentido, o sintoma mais comum entre os pacientes é o relato de hematúria, acometendo cerca de 85% dos casos. Metodologia Científica: O presente estudo caracteriza-se como descritivo do tipo epidemiológico. Os dados expostos foram coletados através da plataforma do Sistema Único de Saúde (DATASUS), mais precisamente da base secundária TABNET. As notificações foram selecionadas seguindo as variáveis de sexo, faixa etária e modalidade terapêutica durante os anos de 2018 a 2023 e aplicadas à região Sudeste do país. Resultados: O estudo realizado identificou um total de 21.309 casos de câncer de bexiga na região citada nos últimos 5 anos. Quanto ao sexo, há um grande hiato que separa os dois gêneros, já que só a parcela masculina representa 70% (14975/21309) das notificações pela presença do tumor na bexiga. Além disso, constatou-se que as idades mais avançadas, principalmente acima dos 50 anos, são as mais acometidas, posto que essa parcela social representa 94% (20083/21309) dos dados. Por fim, tem-se o perfil da modalidade terapêutica, o qual é constituído, majoritariamente, por intervenções cirúrgicas, indicando cerca de 68% (14414/21309) dos casos. Por outro lado, ainda sobre o meio de tratamento, a região Sudeste possui um contingente significativo de casos, 20% (4390/21309), que não se tem informações sobre a terapia, demonstrando uma possível existência de falhas nesse processo dentro do sistema de saúde.
Conclusão: Defronte às informações expostas, relata-se a predominância, dentro dos limites da região Sudeste do Brasil, da neoplasia de bexiga no sexo masculino, sendo a parcela idosa a mais afetada pelo tumor. Dentre os meios de intervenção, a cirurgia é a forma mais usada diante das realidades dos pacientes. Por fim, salienta-se, a partir do presente estudo, a necessidade de ações públicas que visem à contenção e ao rastreio do desenvolvimento do câncer de bexiga.

Área

Câncer de Bexiga

Instituições

Universidade Federal de Juiz de Fora - Campus Governador Valadares - Minas Gerais - Brasil

Autores

LUCAS FELIPE DE OLIVEIRA SILVA, LAURA ALMEIDA OLIVEIRA