Dados do Trabalho

Título

ESTUDO ECOLÓGICO DE NEOPLASIAS MALIGNAS DE RIM NO ESTADO DE SÃO PAULO NO PERÍODO DE 2016 A 2022

Resumo

Introdução: A neoplasia renal é uma doença maligna que afeta os rins. Sua incidência tem aumentado ao longo dos anos, em adultos corresponde a 2 a 3% de todas as neoplasias malignas, tornando-se uma preocupação de saúde pública. Diante desse cenário, esta neoplasia ocupa o terceiro lugar de todos os cânceres do sistema geniturinário e o mais letal entre eles. Apesar desse cenário, pesquisas ainda são escassas sobre a doença neste Estado. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico do diagnóstico de neoplasias malignas de rim no Estado de São Paulo, durante o período de 2016 a 2022. Metodologia: Este estudo se caracteriza como epidemiológico descritivo do tipo ecológico. As informações foram obtidas por meio da coleta de dados secundários provenientes do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A população alvo deste estudo foi composta por pacientes diagnosticados com câncer de rim, exceto de pelve renal ( CID10 C64), avaliando a distribuição do número de casos e correlacionando com sexo, faixa etária, estadiamento e óbitos. Resultados: Durante o período analisado, foram registrados no Estado de São Paulo 5736 diagnósticos de câncer renal, exceto pelve renal. O ano de 2022 apresentou a maior prevalência, com 20,76% dos diagnósticos, enquanto o ano de 2016 teve a menor, com 3,10%. No que refere ao perfil dos pacientes diagnosticados, 59,44% eram do sexo masculino e 40,55% do sexo feminino. Quanto à faixa etária, a maior proporção de pacientes estava na faixa de 60 a 64 anos, representando 16,57% do total. No que diz respeito ao estadiamento, foi observado que em 50% dos casos o critério de estadiamento foi ignorado durante o diagnóstico. Já em relação à mortalidade, foram registrados um total de 6538 óbitos. O ano de 2022 apresentou o maior número de mortes pela neoplasia renal, representando 15,46% do total de óbitos, com a taxa de 1.01/100 mil habitantes. Por outro lado, o ano de 2016 teve o menor número de mortes, com 13% e uma taxa de 0.85/100 mil habitantes. Conclusões: O estudo aponta para um aumento significativo no número de diagnósticos de câncer de rim no Estado de São Paulo durante o período analisado. Ademais, algumas limitações do estudo foram a incapacidade de realizar associação de causa e efeito e uma possível subnotificação dos dados. Apesar das limitações, os resultados deste estudo ressaltam a necessidade de ações integradas e estudos para que juntos possam enfrentar o câncer renal no Estado mais populoso do Brasil.