Dados do Trabalho
Título
DISPARIDADES REGIONAIS NO PERFIL EPIDEMIOLOGICO DO CANCER DE PROSTATA ENTRE OS ANOS DE 2017 E 2022
Resumo
A neoplasia maligna permanece como importante causa de morbimortalidade. O câncer de próstata é o 2º mais comum em homens. O INCA estima 62,95casos/100mil homens e como causa de morte de 28,6% da população masculina. A detecção precoce interfere na taxa de mortalidade. O rastreio do câncer de próstata é feito por PSA, toque retal e biópsia. Embora a prevenção seja uma forma de reduzir a taxa de mortalidade, o benefício não é consenso entre profissionais da saúde. A Política de Atenção à Saúde do Homem foi criada para melhorar o acesso e humanizar o atendimento nas Unidades de Saúde. A população idosa vem aumentando, afetando significativamente o cenário de neoplasias no país. Para mudar o quadro epidemiológico, ações de saúde e de prevenção precoce do câncer de próstata são necessárias. Objetivo: Observar a incidência e fatores relacionados à internação e mortalidade nas regiões do país decorrentes de neoplasia maligna da próstata nos anos de 2017 a 2022. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico, comparando a ocorrência entre populações. Os dados foram obtidos a partir do DATASUS, CID10-C61 por local de residência no período de 2017 e 2022. As variáveis consideradas foram:ano, Região, internação, mortalidade, morbidade, faixa etária e raça. Resultado: Observou-se número de internação maior na Região Sudeste(99.388), seguida do Nordeste(48.152). O Norte tem o menor número de casos (5.535) e maior Taxa de Mortalidade(14,09%). A Região Sudeste com 9,32% de mortalidade e Nordeste 8,48%, as demais encontram-se entre 11%. Com relação à Cor/Raça, observou-se predomínio entre os indígenas no Norte (23,08%), seguido por, total de casos, brancos (10,38%), preta(9,55%) e amarelo(10,51%). Percebeu-se predominância na faixa etária acima de 70, mas na região Norte e Sul a faixa entre 30-39 anos obteve a maior taxa de mortalidade. Conclusão: As disparidades entre as Regiões Brasileiras podem ser devido a desigualdade de acesso à saúde, social e econômica do Estado. Bem como, o estigma do exame de toque retal. Outro fator a ser considerado, a falta de informação, baixa participação da população masculina na Atenção Primária à Saúde e sua participação nos Programas de Saúde. Ademais, observa-se maior taxa em 2020 a 2022 em todas as Regiões do país, podendo ser atribuída à pandemia, na qual reduziu a busca por assistências médicas por sintomas não relacionados à COVID-19.
Área
Câncer de próstata localizado
Instituições
UFOP - Minas Gerais - Brasil
Autores
MARIANNA SILVA DEZEMBRO LEONELO