Dados do Trabalho

Título

O PERFIL EPIDEMIOLOGICO DAS MORTES POR CANCER DE PROSTATA NO BRASIL ENTRE OS ANOS DE 2015 E 2020.

Resumo

Introdução: O câncer de próstata é um problema de saúde pública no Brasil. O INCA aponta para cerca de 65.900 novos casos a cada ano. É o câncer mais comum nos homens e está relacionado a fatores de risco, como idade acima dos 65 anos, raça negra, obesidade e história familiar, hábitos alimentares, alcoolismo e tabagismo. Costuma causar sintomas em fases avançadas, quando já há metástases. Em casos sintomáticos, pode haver dificuldade de urinar, jato fraco e sensação de não esvaziamento vesical completo. O diagnóstico é por histopatológico, através de biópsia por agulha fina ou ressecção transuretral da próstata, sendo o tipo histológico mais comum, o adenocarcinoma. Nos últimos anos percebeu-se maior incidência dessa doença, decorrente especialmente dos fatores de risco e métodos de diagnóstico e rastreio. A sociedade Brasileira de Urologia preconiza o rastreio, pelo antígeno específico prostático e o exame do toque retal, a partir dos 50 anos, ou dos 45 anos se houver história familiar ou de etnia negra. Objetivo: Descrever e analisar a epidemiologia das mortes decorrentes pelo câncer de próstata no Brasil entre 2015 e 2020, comparando de acordo com a evolução anual, valores absolutos e taxas brutas. Método: É um estudo epidemiológico, de corte transversal, retrospectivo e quantitativo, realizado através de dados do DATASUS e do INCA. As variáveis utilizadas foram idade e etnia. Resultado e discussão: O câncer de próstata é a neoplasia mais comum no Brasil em homens, especialmente pelos fatores de risco. De acordo com dados do DATASUS e do instituto nacional do câncer, com o aumento da idade, há uma maior prevalência de óbitos, especialmente acima dos 60 anos. Durante o período calculado, ocorreram aproximadamente 92.201 mortes, sendo maioria desses óbitos a partir dos 70 anos. A partir dos 70 anos, houve 71.667 óbitos. Outro fator a ser destacado é a etnia, com 42.130 mortes por pretos e pardos e 46.533 em brancos, demonstrando uma discordância quanto a literatura. Quanto as taxas brutas (risco de óbitos a cada 100.000 homens), há discretos aumentos anuais, fato justificado pelo número de diagnósticos. Conclusão: Diante dos fatos apresentados, torna-se evidente a necessidade de ampliar investimentos e ações, especialmente no combate aos fatores de risco, como tabagismo e obesidade, além da importância da detecção precoce da doença pelos métodos de rastreio.