Dados do Trabalho


Título

O USO DE DEFENSIVOS AGRICOLAS COMO POTENCIAL CARCINOGENICO AOS HUMANOS

Resumo

O aumento da população mundial tem se agravado cada vez com o passar dos anos, tornando- se como foco de discussões as suas implicações em âmbito socioeconômico. A demanda por uma maior cobertura na produção de alimentos para atender às novas necessidades humanas ocasionou a potencialização da criação e uso de novos agrotóxicos em meio rural e urbano. Dessa maneira, a ingestão de alimentos contaminados pelos defensivos agrícolas propiciados pelas recentes mudanças viabiliza problemas fisiológicos em seres humanos, como a formação de cânceres, distúrbios endócrinos e neurológicos. O objetivo desse trabalho fundamenta-se no propósito de ressaltar os malefícios que o uso de agroquímicos em lavouras propiciam aos indivíduos que ingerem diariamente alimentos cultivados nesse sistema. Para tal, a metodologia utilizada nesta revisão bibliográfica tem como base livros e artigos científicos, os quais foram encontrados através da pesquisa manual realizada nas plataformas digitais Scientific Library Online (SciELO), PubMed e Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). Os trabalhos foram selecionados entre os anos de 2015 e 2023, utilizando unitermos como: Agrotóxicos; Saúde Alimentar; Distúrbios Genéticos. Frente aos resultados obtidos, destaca-se que, atualmente, o Brasil assume o posto de maior consumidor de agrotóxicos, cerca de 20% do total produzido mundialmente. Revelou-se, também, que na safra de 2015 foram plantados 71,2 milhões de hectares de lavoura, demonstrando uma exposição média ambiental/ocupacional/alimentar de 4,2 litros de agrotóxicos por habitante. Tal situação torna-se ainda mais preocupante pelos efeitos colaterais em camundongos da ingestão oral (em quantidade proporcional ao peso) dos agroquímicos: Cipermetrina, Epoxiconazol, Fenopropatrina, Carbendazim, Endosulfan, Metamidofós, Clorpirifós. Dentre aos impactos observados, destacam-se: más-formações dos genitais; alterações histopatológicas dos testículos; desregulação do eixo hormonal da tireoide; mortes neonatais; alterações de espermatozoides; indução a promoção de tumores; troca entre cromátides irmãs; aumento na frequência de micronúcleos e distúrbios neurocomportamentais. Concluindo, pode-se inferir que a recente intensificação do uso de agrotóxicos, como os inseticidas, fungicidas e herbicidas, por exemplo, acarretam em uma série de problemas genéticos para os seres humanos, com base nas evidências dos experimentos científicos.

Palavras Chave

Área

Câncer de Testículo e Tumores raros

Instituições

Universidade de Ribeirão Preto - São Paulo - Brasil

Autores

MATEUS LODI DO ESPIRITO SANTO, RENATA DELLALIBERA JOVILIANO